Com pelo menos 15 anos de filatelia, Roberto Kirsh enfatiza o conhecimento adquirido com o hábito
O corretor de seguros, Roberto Kirsh (56 anos), desenvolve a paixão pela filatelia desde a infância, quando, por volta dos 10 anos, segundo ele, já tinha o hábito de “juntar” selos daqui e dali. “Na adolescência, este hábito perdeu-se um pouco, pois é uma época em que os interesses sempre mudam”, observa.
Kirsh conta que herdou do seu avô, uma pequena coleção de selos, e iniciou daí, seu próprio acervo, que hoje conta com cerca de 50 mil itens. O corretor diz que há pelo menos 15 anos dedica-se constantemente a esta atividade, e hoje em dia, recebe por volta de 40 cartas por mês, de países de todo o mundo.
Ele diz que os colecionadores fazem uma espécie de “corrente” para suas trocas de “figurinhas”. Além disso, existem clubes filatélicos que fazem reuniões eventualmente. “Mas hoje em dia, a internet é o grande espaço para quem coleciona selos. Você pode encontrar de tudo pesquisando em sites”, afirma Kirsh.
O colecionador ressalta que existem grandes empresas especializadas na comercialização de selos por catálogos. Estes catálogos, atualmente são disponibilizados em CD, o que segundo Kirsh, diminui custos, pois antes era uma quantidade enorme de páginas e volumes impressos.
Outra opção é o próprio site dos Correios aqui no Brasil e nos outros países, que oferece a venda on-line de selos novos. “Já participei também de leilões on-line, e cheguei a ter dois mil lotes, com cerca de 50 selos cada um, em oferta para venda”, declara.
Dentre os diversos países que fazem parte da sua coleção, a de selos brasileiros, segundo Kirsh, é a mais completa. “Existem coleções subdivididas em países ou em temas: automóveis, flores, esportes, animais, e assim por diante”, explica.
Colecionar selos, para o corretor, é um ótimo passatempo. “A gente acaba adquirindo conhecimento, sobre outros países, história e arte, entre outros. Pois quando recebo um selo de outro país, sempre faço uma pesquisa para saber de onde veio exatamente, e qual seu significado”, observa.
Além da filatelia, Kirsh mantém, informalmente segundo ele próprio, uma pequena coleção de cédulas e moedas. Estas também de diversos países. “Porém, o verdadeiro colecionador tem cédulas e moedas de cada nova série que sai. Cada vez que muda o ministro e muda a assinatura”, ressalta.