Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lança a Campanha da Fraternidade de 2007 com foco ambiental
A Amazônia Legal será o foco da Campanha da Fraternidade deste ano. Com o lema Amazônia e Fraternidade – Vida e missão neste Chão, a campanha tem o objetivo de sensibilizar as pessoas para a preservação e o uso sustentável das florestas, além de incentivar o respeito pelas populações que moram na região.
A campanha está sendo lançada oficialmente nesta quarta-feira, em Belém (PA). A escolha da capital paraense deve-se ao fato de um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter apontado o Pará como o estado com maior índice de desmatamento entre os que compõem a Amazônia Legal.
A Campanha da Fraternidade vai ser realizada pela 43ª vez neste ano. Segundo o site da campanha, trata-se de uma atividade ampla de evangelização desenvolvida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) durante um período determinado (a quaresma).
O objetivo é promover a fraternidade entre cristãos e pessoas de boa vontade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade a partir de um problema específico cuja solução exige a participação de todos.
O arcebispo de Brasília, Dom João Brás de Aviz, afirmou que a 43ª Campanha da Fraternidade busca conscientizar a população brasileira sobre a importância da região amazônica.
“Nós temos, como brasileiros, um desconhecimento muito grande da Amazônia. É uma riqueza natural enorme que convive com a pobreza das populações. Uma terra também de muitos conflitos, onde encontramos uma população que sobrevive dentro dessa riqueza enorme, mas fica à margem da sociedade”, disse Dom João de Aviz.
O arcebispo destacou que a Campanha da Fraternidade deste ano tem o objetivo de informar os brasileiros sobre os problemas da Amazônia e chamar a atenção para a necessidade de preservação.
“A Amazônia é um território que ocupa mais da metade do Brasil, além de ser um dos biomas mais ricos, mais complexos e fascinantes de toda a Terra. Então construir essa fraternidade com a região amazônica é importantíssimo. Devemos olhar com carinho o equilíbrio da natureza do globo terrestre e a necessidade de conservar as riquezas que possuímos justamente para a sobrevivência das pessoas”, disse.