Enquanto a situação não mudar, os evacuados não poderão retornar a seus lares na zona mais próxima do vulcão Puyehue.
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O diretor do Serviço Nacional de Geologia e Mineração do Chile – Sernageomin, Enrique Valdivieso, sustentou na terça-feira, dia 14, que a nuvem de cinzas do complexo vulcânico chileno Puyehue-Cordón Caulle, que entrou em erupção em 04 de junho, “dará a volta ao mundo”.
“A nuvem se desloca a uma velocidade bastante alta e assim permanecerá”, assegurou o especialista. Em declarações à CNN Chile, Valdivieso advertiu que o complexo vulcânico perdeu a estabilidade que demonstrara até segunda-feira e que nesta terça “houve eventos em que a coluna de fumaça foi de até 10 quilômetros. Ontem [dia 13, segunda-feira] tivemos colunas baixas, de 4,5 e 5 quilômetros”, precisou.
“Hoje [dia 14] a situação foi um pouquinho mais instável. Aumentou a quantidade de sismos com relação ao que tínhamos ontem, seguimos com uma média de seis sismos por hora”, analisou Valdivieso, mas indicou que essa média de fenômenos telúricos é normal para este tipo de situação.
Segundo o especialista, que sobrevoou o complexo vulcânico em várias oportunidades, a ininterrupta erupção que mantém em alerta vermelho os municípios de Futrono, Lago Ranco, Río Bueno e Puyehue, no sul do Chile, é similar à ocorrida em 1960.
Após indicar que os vulcanólogos estudaram minuciosamente as informações do que aconteceu em 1960 e o ocorrido em 1921 e 1922, Valdivieso indicou que em ambas as erupções a situação de nuvens, gás e de poluição se manteve aproximadamente por dois meses.
Autoridades mantêm
“alerta vermelho 6”
O especialista chileno esclareceu que, enquanto a situação não mudar, os evacuados não poderão retornar a seus lares na zona mais próxima do complexo vulcânico.
Nesta terça-feira, um noticiário da estatal Televisión Nacional – TVN chegou a menos de um quilômetro do vulcão e mostrou que além da espessa coluna de fumaça e cinzas que já alcançou os céus da Austrália e colapsou o tráfego aéreo na América do Sul, o Puyehue lança milhares de pedras incandescentes e pequenas rochas.
As autoridades regionais decidiram nesta terça-feira manter o “alerta vermelho 6” na zona, enquanto seguem trabalhando nas cercanias do complexo vulcânico funcionários do Escritório Nacional de Emergência – Onemi, dependente do Ministério do Interior, especialistas em vulcanologia e efetivos dos Carabineiros e do Exército.
Informações de portal UOL
FOTO: reprodução