Cheia brusca dos rios inundaram 22 comunidades rurais e deixaram sob a água uma região equivalente ao território da França e da Alemanha juntas.
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Os 75 mil habitantes da cidade de Rockhampton, no litoral leste da Austrália, estão se preparando para ficar isolados por causa das fortes inundações que atingem o nordeste do país, trazendo junto a ameaça de cobras e crocodilos.
Os habitantes amontoaram sacos de areia em torno de suas casas e lojas para se proteger da cheia do rio Fitzroy, que cruza a cidade e cujo nível atingiu 9,20 metros. Rockhampton, situada ao norte de Brisbane, é uma das principais cidades dessa região agrícola e de mineração, afetada há vários dias pelas inundações classificadas como “bíblicas” pelas autoridades.
Calcula-se que 200 mil pessoas foram afetadas pela cheia brusca dos rios, que inundaram 22 comunidades rurais e deixaram sob a água uma região equivalente ao território da França e da Alemanha juntas.
Os serviços de emergência temem que o nível das águas continue elevado durante pelo menos duas semanas, favorecendo a proliferação de mosquitos transmissores de doenças. Também temem o aparecimento de cobras venenosas e crocodilos. As cobras se refugiam em árvores em busca de lugares secos e os crocodilos, por sua vez, são difíceis de localizar em meio aos dejetos na água.
Todos os acessos da cidade ficam fechados nesta terça-feira, dia 04. Cerca de 500 casas foram esvaziadas e outras 1,2 mil estão cercadas pela água à espera de o rio Fitzroy atingir seu nível máximo na quarta-feira, 05.
Além disso, haverá cortes de eletricidade, segundo as autoridades, que acertaram com o Exército a entrega de 50 toneladas de alimentos e produtos de primeira necessidade à cidade.
Desde o final de novembro, dez pessoas morreram na Austrália por causa das fortes chuvas e inundações, as piores das últimas cinco décadas.
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FOTO: reprodução / Reuters