Polícia afirma não ter pressa para interrogar os três acusados pela morte de Eliza Samudio, e a negação em relação ao DNA não preocupa delegado responsável pelo caso.
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Os advogados do ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, do seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, instruíram os seus clientes a não se submeterem a exames de DNA na manhã desta sexta-feira, dia 09.
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A informação foi revelada pelo delegado Edson Moreira, em Belo Horizonte. Os três são acusados da morte de Eliza Samúdio, ex-amante do goleirom, estão presos na capital mineira e passaram a última noite em uma penitenciária de segurança máxima.
O delegado concedeu entrevista coletiva no final da manhã do dia 09. Ele revelou que a Ecosport que deve ter conduzido Eliza até o local de sua morte – uma casa nas proximidades de Belo Horizonte – será submetida à perícia ainda nesta sexta-feira, 09. Moreira também mostrou aos jornalistas um notebook que pertenceria a Eliza e estava com uma amiga dela. O computador será periciado na procura por novos indícios que possam ajudar na investigação.
INTERROGATÓRIO – Os três acusados ainda não foram interrogados pela polícia e o delegado disse que não tem pressa. “Nós temos 30 dias para interrogá-los”, afirmou, falando que, se necessário, pode pedir a prorrogação da prisão preventiva por mais 30 dias.
O fato dos três acusados não terem sido submetidos aos exames de DNA não chega a preocupar Moreira: “ninguém é obrigado a fornecer prova contra si mesmo. Os advogados estão orientando e é um direito deles”.
Restos mortais e motivação
O delegado mostrou certeza ao afirmar que Eliza Samúdio está morta, mesmo que o corpo da ex-amante do ex-goleiro do Flamengo ainda não tenha sido encontrado. “É preciso saber se ainda têm restos mortais. Há várias maneiras de dar sumiço em um corpo”.
Para ele, a motivação do crime foi o fato de Bruno não querer assumir a paternidade do filho de Eliza e por vingança, já que ela havia denunciado o goleiro por agressão meses antes, inclusive com a gravação de um vídeo para um jornal carioca.
A polícia acredita que Bruno presenciou o assassinato.
Informações de Correio do Povo
FOTO: reprodução / André Mourão