Versão do adolescente choca e, com detalhes, define o que teria acontecido, há cerca de um mês, com Eliza Samudio, estudante cujo filho seria também do goleiro do Flamengo. –
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Um caso que foi inicialmente encarado como um “sumiço” de uma estudante, agora choca os brasileiros que acompanham pela imprensa.
Nesta quarta-feira, dia 07, Bruno Fernandes, goleiro do Flamengo, apresentou-se à polícia do Rio de Janeiro e um adolescente de 17 anos prestou depoimento, com detalhes, sobre seu envolvimento no crime.
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Goleiro Bruno se entrega à polícia
A história acerca do que teria acontecido com Eliza Samudio convenceu a Justiça a decretar a prisão do jogador e de mais seis pessoas.
Na noite de quarta, o Jornal Nacional, da TV Globo, veiculou com exclusividade detalhes do depoimento do jovem. A partir desta reportagem, o Portal novohamburgo.org conta como, supostamente, a jovem teria sido assassinada.
SEQÜESTRO – O menor contou que foi convidado por Macarrão a levar Eliza ao sítio do goleiro Bruno em Minas Gerais. Macarrão já tinha planejado tudo e mandou o adolescente se esconder no porta-malas do carro com uma arma.
Quando o carro estava em movimento, o jovem pulou para o banco de trás e rendeu Eliza dizendo: “Perdeu, Eliza”. Ela conseguiu pegar a arma e chegou a atirar contra o menor, mas esta estava sem munição. O adolescente recuperou a pistola e deu três coronhadas na cabeça de Eliza.
A viagem continuou até o sítio de Bruno com Eliza sob a mira da arma, que foi carregada. Chegaram de madrugada. O rapaz dormiu em um quarto. Macarrão em outro. Eliza, com o filho, dormiu em um terceiro quarto. No dia seguinte, Eliza não ficou trancada.
ESTADA – Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, que chegou depois, passou a vigiá-la. O menor disse que viu Sérgio entregar um telefone para que Eliza ligasse para uma amiga de São Paulo. Sérgio a mandava dizer que estava tudo bem, que ela receberia dinheiro e apartamento em Belo Horizonte. Eliza foi ameaçada de morte caso não dissesse o combinado.
No dia seguinte, Bruno chegou de táxi ao sítio, pois tinha viajado de avião para Belo Horizonte. O adolescente conta que ouviu Bruno dizer para Macarrão e Sérgio que era para eles resolverem o problema, que não queria problemas para o lado dele e que ele, Bruno, não saberia de nada.
Macarrão e Sérgio disseram que não poderiam libertar Eliza, pois o problema seria ainda maior. Bruno disse então que já tinha acontecido “m” da primeira vez, e não queria que o problema se repetisse com Eliza.
O goleiro permaneceu no sítio por duas horas e depois chamou um táxi para levá-lo até o aeroporto, pois queria voltar para o Rio de Janeiro no mesmo dia.
ASSASSINATO – No dia seguinte, o adolescente, Macarrão, Sérgio, Eliza e o filho dela entraram no carro de Bruno e seguiram rumo a Belo Horizonte. O adolescente contou que chegaram a um local que se parecia com um sítio. Foram recebidos por um homem alto, negro, chamado Neném.
O que o menor conta a partir daqui é chocante. Neném pegou Eliza, amarrou os braços dela com uma corda e a sufocou com uma gravata. Em seguida, pediu que todos deixassem o local. Sérgio carregava o filho de Eliza. Logo depois, Neném passou com um saco e seguiu em direção a um canil, onde havia quatro rotweillers.
O adolescente viu o momento em que Neném retirou a mão de Eliza e arremessou para os cães. Segundo o rapaz, os ossos de Eliza foram concretados no mesmo terreno em que ela foi morta.
APÓS O CRIME – O menor disse ainda que a mulher de Bruno, Dayanne, foi ao sítio do goleiro depois do crime e soube apenas que o bebê de Eliza tinha sido deixado no local.
Depois do crime, o rapaz foi para a casa de Bruno no Rio de Janeiro. Na versão dele, os dois não conversaram sobre o que aconteceu no sítio. Mas o rapaz acredita que Macarrão tenha contado a Bruno o desfecho do seqüestro.
Informações de BomDiaBrasil
FOTO: reprodução / BomDiaBrasil