Especialistas acreditam que a tendência é que a queda na quantidade de crediários se intensifique nos próximos anos, com um maior acesso das classes C e D aos cartões.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O tradicional carnê vem perdendo espaço entre as formas de pagamento nas principais redes de varejo.
Nas Casas Bahia, o maior grupo do setor no país, a participação do carnê caiu da quase totalidade (80%), há cinco anos, para os atuais 15% a 20%. Na Máquina de Vendas, formada por Ricardo Eletro e Insinuante, o uso do crediário também vem perdendo força entre os clientes.
“Nos últimos cinco anos, representava 35% das vendas, agora está em torno de 15%”, diz Samuel Henrique Belo, diretor de serviços financeiros da sociedade.
Entre 2005 e 2010, o número de cartões de crédito no país cresceu 126%, enquanto os cartões de loja tiveram alta de 131%, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços – Abecs, com base em estimativa para este ano.
Na opinião de especialistas, a tendência é que o movimento se intensifique nos próximos anos com um maior acesso das classes C e D aos cartões. A previsão da entidade é que as transações com cartões de crédito cresçam 115% e as de cartões de loja subam 67% até 2015.
“O cartão de crédito tem um grande peso no nosso negócio e ao longo do tempo isso vem crescendo. Com mais renda e emprego, está ocorrendo uma ‘cartonização’ das classes C e D, o que impulsiona esse movimento”, diz Orivaldo Padilha, diretor-financeiro da Globex, empresa formada por Casas Bahia, Ponto Frio e Extra Eletro.
No Ponto Frio, a modalidade representa hoje menos de 2% dos pagamentos, enquanto o plástico responde por cerca de 73%. E, com o reposicionamento da marca, a tendência é que “chegue próximo a zero nos próximos anos”.
“Como pretendemos atingir prioritariamente as classes A e B, acredito que o carnê seja cada vez menos usado nas lojas do Ponto Frio”, avalia Padilha.
Informações de Folha.com
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