Mesa Diretora do Legislativo decide registrar ocorrência contra suposto funcionário público que cometeu ato de protesto nas sessões que aprovaram extinção do plano de carreira.
Da Redação [email protected]
Protestar faz parte da democracia. É um direito constitucional e todo o cidadão tem liberdade para fazê-lo. A liberdade de cada um, no entanto, vai até onde começa a liberdade do outro.
O ditado popular explica a decisão da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo de processar o manifestante que arremessou um ovo em direção ao plenário (foto) na sessão do último dia 05 de novembro. Os encaminhamentos passam por registro de ocorrência policial e pedido formal à Prefeitura para que investigue o caso.
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VÍDEO: veja o manifestante arremessando ovo no plenário
Vereadores confirmam extinção do plano de carreira do funcionalismo público municipal
Imagens da TV Câmara (canal 16 da NET Novo Hamburgo) mostram o exato momento em que o manifestante arremessa o ovo, que acaba atingindo o vereador Ricardo Ritter (PDT) e duas funcionárias concursadas da casa. Ele protestava contra a extinção do plano de carreira dos servidores públicos hamburguenses, proposta pelo Governo Tarcísio e aprovada por oito votos a cinco pelos parlamentares. O clima nas votações em primeiro e segundo turno foi tenso. Professores, servidores da Prefeitura e guardas municipais lotaram as galerias do Legislativo para reivindicar a rejeição da medida.
A informação extra-oficial que circulava pelos corredores da Câmara até esta quinta-feira, dia 12, é de que o autor do arremesso é mesmo funcionário público. Inicialmente, imaginava-se que fosse guarda municipal. Depois, funcionário de escola ou professor. Portanto, caberia ao prefeito Tarcísio Zimmermann (PT) abrir sindicância interna para investigar o caso. Se o suposto servidor estava ou não em horário de trabalho, por exemplo.
O vereador e presidente do Grêmio/Sindicato dos Funcionários Municipais – GSFM, por outro lado, entende que uma possível punição deve haver de qualquer forma. Para Volnei Campagnoni (PCdoB), servidor é “servidor 24 horas”. A identidade do manifestante é mantida em sigilo pela Mesa Diretora da Câmara Municipal.
FOTO: reprodução / TV Câmara