Motivo é a raça ser conhecida pelo temperamento, pela potência de suas mandíbulas e pela gravidade dos ferimentos que produzem nas vítimas, sejam humanas ou outros animais.
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Os cães pitbull e rottweiler podem estar a caminho da extinção no Brasil. Um projeto de lei em discussão no Congresso prevê a castração em massa dos animais e a proibição de importação de exemplares das raças.
O motivo é a raça ser conhecida pelo temperamento, pela potência de suas mandíbulas e pela gravidade dos ferimentos que produzem nas vítimas, sejam humanas ou outros animais. Nesta terça-feira, dia 19, o projeto deverá ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Inexistem dados confiáveis, no Brasil, sobre pitbulls ou rottweilers que dilaceram seus donos ou matam inocentes a dentadas. Nos EUA, porém, um levantamento relacionou 128 mortes no país por ataques de pitbulls, entre 2005 e 2011.
No ano passado, das 31 pessoas que morreram vitimadas por cães, 84% foram mordidas por pitbulls ou rottweilers. No RS, a última vítima fatal foi Gustavo Luís Gomes de Souza, cinco anos. Morador de Capão da Canoa, o menino teve rompidas a artéria carótida e a veia jugular, em fevereiro passado, quando Tigre, cruza de pitbull com rottweiler, avançou contra o seu pescoço.
Mesmo com tantos ataques, nada indica que será tranquila a aprovação do projeto que prevê, a longo prazo, a redução drástica ou mesmo extinção das raças no país. É que embora ferozes e, muitas vezes, mortais, há uma certo consenso no meio acadêmico, científico e entre tratadores: a criação determina o caráter dos animais.
O que prevê o projeto de lei?
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados deve apreciar o projeto de lei 121/1999 que proíbe a reprodução e a importação de cães das raças rottweiler e pitbull, puros ou mestiços.
O projeto prevê também que os cães devem ser esterilizados dentro de 45 dias, façam exames veterinários a cada três meses e só saiam para a rua com o uso de focinheira. Os proprietários que não se adequarem estarão sujeitos a pena de um a seis meses de prisão.
A proposta foi criada pelo ex-deputado Cunha Bueno (PPB/SP), em 1999. Atualmente, o relator do projeto é o deputado Luiz Gonzaga Patriota (PSB/PE).
Informações de Zero hora
FOTO: ilustrativa / veleirovirtual