Oposição foi contra a mudança, que altera o valor do benefício de 500 URMs para 743 URMs, e solicitou prestações de contas mensalmente.
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O Projeto de Lei nº 184/2013, que altera a lei municipal que autoriza a adesão do Executivo hamburguense ao programa Mais Médicos, foi aprovado em segundo turno na Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo. Votaram contra os vereadores da oposição: Gerson Peteffi, Inspetor Luz, Issur Koch, Raul Cassel e Sergio Hanich.
Trata-se de mudança que aumenta o valor da Bolsa Auxílio Moradia de 500 URMs para 743 URMs e que permite que a verba seja utilizada para todos os itens relacionados à moradia. A Unidade de Referência Municipal, no exercício de 2013, tem o valor de R$ 2,4235.
A oposição apresentou uma emenda estabelecendo que os favorecidos pela lei prestem contas mensalmente ao Município, que foi rejeitada por sete votos (Cristiano Coller, Enfermeiro Vilmar, Gilberto Koch, Luiz Fernando Farias, Naasom Luciano, Patrícia Beck e Roger Corrêa). O argumento dos vereadores da base é de que a prestação de contas não está prevista na legislação federal. A emenda foi votada antes do projeto.
Oposição reclama que outros
servidores não recebem o benefício
“Nenhum outro servidor recebe auxílio moradia nesse valor”, argumentou o médico da rede pública Raul Cassel (PMDB) na última quinta-feira, dia 12. “Em dois meses, teve aumento de 48,6%. Nada nesse país teve esse reajuste. Os servidores da saúde estão furiosos, pois muitas vezes não têm nem condições de trabalho.”
O líder do governo, Roger Corrêa (PCdoB), destacou que o aumento é de 14% e apontou que o objetivo do Mais Médicos não é desvalorizar o médico local, mas oferecer mais oportunidades à população. Segundo ele, o número de profissionais da saúde no país, em relação à população, é baixo. “Não é preciso haver contradição: temos que investir em cursos de Medicina, em qualidade de vida para evitar enfermidades, nos médicos locais e, também, temos de aprender com quem vem de fora.”
Quem paga?
Na ocasião, o vereador Gilberto Koch (PT) colocou em discussão a origem do pagamento dos salários dos médicos estrangeiros. Betinho aponta que não é pago pelo Município, mas pelo Governo Federal.
O vereador Inspetor Luz (PMDB), por outro lado, salientou que o dinheiro do governo federal vem dos municípios. “Então, é um engodo dizer que Novo Hamburgo não paga o salário dos médicos.”
Informações de Imprensa CMNH
FOTO: Jorge Boruszewsky / CMNH