Segundo Operador Nacional do Sistema Elétrico, às 14h58min brasileiros consumiam 70,4 mil megawatts. Meteorologista explica por que sensação térmica é de tanto calor.
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Quem já tinha um ventilador ou um condicionador de ar, não desliga mais. Quem não tinha, comprou.
Resultado: o Brasil e o Rio Grande do Sul bateram recordes de consumo de energia nesta quarta-feira, dia 03. Ninguém quer deixar de amenizar o forte calor que se abateu sobre o país nos últimos dias.
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Conforme o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, o pico de demanda foi registrado às 14h58min, ao atingir 70,4 mil megawatts. A média foi de aproximadamente 61 mil megawatts. É o terceiro recorde consecutivo registrado só essa semana.
Os campeões de consumo são os sistemas Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “O Brasil não passa por nenhum problema de energia”, garante a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao saber dos dados do ONS. “O sistema resiste bem a isso e não há relação com o apagão de 2001.” O governo federal precisou acionar usinas térmicas que estavam desligadas para suprir a demanda.
RIO GRANDE DO SUL – Acostumados com o frio rigoroso no inverno, os gaúchos começam a conviver também com temperaturas expoentes no verão. Em Porto Alegre, os termômetros chegaram a marcar 38,5ºC nesta quarta-feira. Rio Grande registrou máxima de 36,6ºC, Santa Maria 36,9ºC, Santa Rosa teve 35,8ºC e São Borja 35,7ºC.
Os veranistas é que não tem motivos para reclamar desta quarta-feira. Além de terem o mar à disposição, a temperatura pode ser considerada amena no Litoral Norte. Em Tramandaí, por exemplo, foi de 31,5ºC.
VALE DO SINOS, 40 GRAUS
No Vale do Sinos, não é diferente. O calor é sufocante. Que o digam os moradores de Campo Bom. Por volta das 15 horas os termômetros marcavam 40,1ºC, recorde no Estado. E mais: a maior temperatura desde que foram iniciadas as medições na cidade vizinha à Novo Hamburgo, em 1985. No Centro hamburguense (foto) também era difícil de ficar ao sol. Lojistas reclamam queda no movimento, inclusive.
Em entrevista à TV Com, a meteorologista Estael Sias atribuiu à umidade do ar a sensação insuportável de calor. “O que a gente está vivendo é um sistema de bloqueio atmosférico, comum nessa época do ano”, explica. “O que temos de diferente é o fenômeno El Niño, que aumenta a umidade.” Segundo a meteorologista, a umidade do ar pode tornar a sensação térmica de 5ºC a 10ºC maior do que a temperatura medida pelos termômetros.
Com informações da Agência Brasil
FOTO: Felipe de Oliveira / novohamburgo.org