País havia deixado de ser exportador de leite em 2008 devido a crises internacionais. Governo espera em que em uma década esse comércio possa render R$ 1 bilhão.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Brasil irá investir R$ 2,3 milhões até 2014 para promover a exportação do leite nacional. O objetivo é exportar até o final do ano que vem mais de US$ 82 milhões do produto e de seus derivados. Para conseguir obter êxito, firmaram convênio nesta quinta-feira, dia 21, o Ministério do Desenvolvimento Agrário — MDA, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-Brasil e a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB.
Desde 2008, o país deixou de ser exportador e passou a ser importador de leite. A crise internacional provocou recuo nas compras e elevou o protecionismo no mercado mundial. O governo espera que em 10 anos, a exportação de produtos lácteos, como o queijos, manteiga chegue a R$ 1 bilhão, superando os valores de 2008.
O governo vai disponibilizar R$ 1,9 milhão e a OCB investirá R$ 372 mil. Após dois anos, será possível investir novos valores. Através do convênio, deverá ser concedido crédito subsidiado aos produtores para aquisição de 3.600 itens, por exemplo, tratores, ordenhadeiras e resfriadores. O crédito vai ser disponibilizado dentro do Programa Pronaf Mais Alimentos, com cobrança de juros de 2% ao ano.
Será de responsabilidade da OCB estimular a adesão do setor. Já da Apex-Brasil, promover os produtos em outros países, colocando frente a frente vendedor e comprador. É o que informa Rogério Bellini, diretor de Negócios da agência. Vão ser convidados a visitar o Brasil importadores, profissionais da área da comunicação e formadores de opinião estrangeiros para que estes possam conhecer o trabalho e fazer negócios. As nações mais visadas são: Angola, Arábia Saudita, Argélia, China, Egito, Emirados Árabes, Iraque e Venezuela.
Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, a iniciativa beneficia a agricultura familiar, responsável 50% da produção nacional de leite. Atualmente, o setor de lácteos emprega 4,7 milhões de pessoas, sendo 4,3 milhões no campo. De acordo com o presidente da OCB, Márcio de Freitas, o sistema cooperativo “existe com a função de ajudar o empreendedor e não de atrapalhar”.
Informações de Exame.com.br
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