Pesquisa do IBGE aponta que 39,3% dos domicílios têm computador, quantidade que só é menor no México, onde apenas 26,1% têm o aparelho em casa.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O uso de computadores e o acesso à internet dobraram no Brasil entre 2004 e 2009, mas o país ainda continua na lanterna quando o assunto é tecnologia.
É o que mostra a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta sexta-feira, dia 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Seis anos atrás, só 14,2% das casas tinham acesso à rede. Esse número passou para 31,5% no ano passado. A posse de computador também seguiu o mesmo caminho da web, alcançando 39,3% dos lares urbanos. Na Coréia do Sul, Japão e em boa parte dos países europeus, a média de domicílios com PCs é superior a 75%.
O IBGE considera os dados sobre difusão de tecnologia da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE, que reúne os 30 países mais industrializados, de 2008. Para esse grupo de países com estatísticas disponíveis, o Brasil ganha apenas do México, onde 26,1% dos domicílios têm acesso a esse bem.
INTERNET – No caso da internet, o Brasil supera também a Grécia, que é o penúltimo país no avanço tecnológico do grupo – só ganha do México, diz o IBGE. “Quanto ao acesso à internet, o investimento a ser realizado é ainda maior, com atenção à oferta do serviço a preços acessíveis, como ocorreu no caso da telefonia celular.”
Uma pesquisa do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br mostrou que quase cinco milhões casas brasileiras têm computador mas não estão ligadas à web.
O estudo mostrou que o número de lares com computador atingiu seu pico de crescimento desde o início da pesquisa, mas o acesso à rede não acompanhou o fenômeno. De acordo com o estudo, “nota-se aumento na proporção de domicílios com computador, mas sem acesso à Internet, demonstrando que o custo do acesso à rede ainda é elevado”.
E a maior parte das casas conectadas no Brasil (66%) usa internet em banda larga. Os pesquisadores dizem que, “apesar de se concentrar nos domicílios economicamente mais favorecidos, a taxa de crescimento anual mostra que a população com menor renda possui cada vez mais esse tipo de conexão”.
Informações de portal R7
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