São Paulo distribuiu 917 kits . O segundo Estado onde mais se recorre ao coquetel é o Rio Grande do Sul, com 163 kits, com uma média de 0,29 ao dia.
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Entre janeiro de 2011 e o fim de junho deste ano, uma média de 3,4 “coquetéis do dia seguinte” foi distribuída por dia a pessoas que fizeram sexo sem proteção no país e podem ter sido expostas ao vírus causador da aids.
De acordo com o Ministério da Saúde, em São Paulo, a média é de 1,6 coquetel por dia. Embora promova sucessivas campanhas para ressaltar a importância do uso de preservativo como principal forma de prevenir o vírus da Aids, desde outubro de 2010 o ministério oferece uma alternativa para quem tenha feito sexo sem camisinha, ou caso ela tenha se rompido.
É um conjunto de medicamentos que não garante que a pessoa não seja infectada, mas reduz o risco de contrair o HIV. O conjunto de drogas só faz efeito se começar a ser consumido no máximo em 72 horas após a relação, mas o ideal é que os primeiros medicamentos sejam ingeridos duas horas depois.
O tratamento se prolonga por 28 dias. O coquetel é distribuído desde 1997 a profissionais de saúde que atendem eventuais portadores do HIV. Depois passou a ser recomendado a vítimas de violência sexual. São Paulo distribuiu 917 kits (48,6% do total). O segundo Estado onde mais se recorre ao coquetel é o Rio Grande do Sul, com 163 kits (8,6% do total), com uma média de 0,29 ao dia.
Para receber o coquetel, paciente deve procurar as unidades especializadas
Apesar do temor de que o coquetel se tornasse o principal meio de prevenção ao HIV, levando os parceiros a abandonar a camisinha, não foi isso que o ministério constatou após iniciar a distribuição para quem praticou sexo casual.
“Não registramos casos de gente que tenha buscado o coquetel duas, três vezes. Sempre ressaltamos que os medicamentos são excepcionais, não garantem que o paciente não contraia o vírus e não dispensa o uso da camisinha”, diz Dirceu Greco, diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais da pasta.
Para receber o coquetel, o paciente deve ir aos Serviços de Atendimento Especializado ou a unidades que atendem situações de urgência. Antes de recomendar o tratamento, o médico avalia o risco a que o paciente se submeteu. Se ele praticou sexo anal, tem risco maior de contrair o vírus. Sexo oral é menos arriscado que o vaginal.
Informações de Estadão
FOTO: ilustrativa / hivempauta