Um grande susto transformou a vida da família Emmel de Lima, de Sapiranga, nos últimos meses. E isso porque a caçula, Bianca Ariane Emmel de Lima, de 4 anos e 10 meses, precisou ser internada às pressas, em Lajeado.
Tudo começou no final de junho quando a menina, nascida em outubro de 2017, teve uma crise forte de tosse e no dia seguinte, febre. A família preocupada, levou a criança na UPA da cidade, quando foi examinada e, devido a gravidade do caso, encaminhada para o Hospital Sapiranga, onde ficou até ser transferida para a UTI pediátrica do Hospital Bruno Born, em Lajeado. “Foi entubada. Só sabia que ela estava com bronquiolite. A médica me explicou que o caso da Bianca era gravíssimo porque uma bactéria tinha se alojado no pulmão e se espalhou por todo o organismo dela causando uma infecção generalizada”, conta a mãe da menina, Rejane Emmel de Lima.
Dias depois, Bianca teve duas paradas cardíacas. “A médica falou que era questão de horas devido a gravidade do caso. Meu marido disse para a doutora: ‘minha filha sai desse hospital viva, sim, porque a última palavra é de Deus e nós temos fé’”, relembra. Após este episódio, o quadro se tornou estável, mas os dias seguintes ainda foram angustiantes para a família.
Durante todo o período de internação, Bianca teve cinco paradas cardíacas. “Nunca perdi minha fé e esperança que minha filha ia sair viva dali”, diz Rejane, que viu sua filha entubada durante 19 dias.
Após a desentubação, outros problemas surgiram, como convulções frequentes. “Teve dias de muito agitamento por causa de muitos remédios fortes e porque havia ficado com epilepsia. Depois ela teve Covid, mas logo estava bem novamente”, conta a mãe.
Bianca Ariane ficou 50 dias internada na UTI pediátrica do Hospital Bruno Born, e, mesmo que considerado um quadro irreversível no início, se recupera ao lado da família.
A menina, que ama rosa, assistir “Marcha e Urso” e “Peppa Pig”, além de brincar de boneca, ganhou alta no dia 15 de agosto e não possui sequelas. “Agora ela está se recuperando muito bem, fazendo fisioterapia, vai passar por fonoaudiologia e nutricionista. Também vai ter acompanhamento com neurologista, pneumologista e cardiologista”, conta Rejane, que finaliza: “queremos agradecer primeiramente a Deus e a todos que independente de religiões oraram pelo milagre da Bianca”.
Colaboração: Jornal Repercussão de Sapiranga