Obras da hidrelétrica fazem dois anos em junho. Desde seu início sofreram várias paralisações, como greves de trabalhadores ou ocupações de índios e ribeirinhos, totalizando mais de 90 dias.
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As atividades num dos canteiros da hidrelétrica Belo Monte voltaram nesta sexta-feira, dia 30, após ficarem paralisadas durante a semana por causa da ocupação de índios. Dentre as exigências, eles pedem para serem ouvidos sobre a construção da usina. Alguns dos indígenas chegaram a ocupar o escritório central da obra da hidrelétrica. Eles permanecerão lá até terça-feira, dia quatro, data em que lideranças terão reunião com o governo federal, em Brasília.
O Consórcio Construtor Belo Monte – CCBM, responsável pelas construções da usina, disse que os trabalhadores foram solicitados para retomar as atividades no canteiro paralisado, lá, atuam cerca de 3.500 pessoas. A empresa não sabe informar se houve danos às obras da usina. Atualmente, mais de 20 mil trabalhadores atuam na construção da usina.
Os indígenas aceitaram sair do local após representantes do governo federal irem ao local no final da tarde de quinta-feira, dia 30, apresentando a proposta da reunião, que acontecerá no dia 4 de junho, por meio de carta do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, informou o Conselho Indigenista Missionário – Cimi, em nota.
Na terça-feira, dia 28, uma ordem judicial determinou a reintegração de posse do canteiro de obras Sítio Belo Monte. Lá foi determinado que a desocupação fosse feita em 24 horas. O prazo terminou no final da tarde quarta-feira, porém, os indígenas não saíram do local.
A ocupação foi a segunda referente ao mês de maio pelo mesmo motivo, com centenas de indígenas exigindo a paralisação imediata de todos os processos da construção de usinas nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires e realização de consultas prévias aos povos.
Informações de Reuter
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