País ficou atrás de Gana e Cazaquistão, ocupando o 76º lugar. Na primeira posição, Coréia do Sul oferece 37,05 Mbps; o Brasil, 4,79.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Rápida popularização e expansão, mas com qualidade ruim. Essa é a realidade do serviço de banda larga de Internet no Brasil, de acordo com levantamento internacional.
Em 2010, a banda larga teve crescimento de 71% no país, em relação ao ano anterior – foram 14,2 milhões de novos assinantes, segundo dados da Associação Brasileira de Telecomunicações – Telebrasil.
Na contramão dessa expansão, o Brasil caiu oito posições no ranking mundial de velocidade de banda larga em relação a 2010. Ficou na 76ª posição de um total de 168 países analisados, segundo a Ookla, consultoria mundial que compara e classifica as velocidades de download feitos por consumidores.
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O Brasil está atrás de Gana e Cazaquistão, que ocupam o 39º e o 52º lugares. Na primeira posição está a Coréia do Sul, que oferece velocidade, em média, de 37,05 Mbps para fazer um download simples. Já o Brasil possui uma velocidade de 4,79 Mbps.
O Ministério das Comunicações lançou no ano passado o Plano Nacional para a Banda Larga – PNBL com o objetivo de expandir o serviço a todo território nacional até 2014. A previsão é de sejam investidos de R$ 3 bilhões a R$ 14 bilhões. Entretanto, segundo a Telebrás, empresa vinculada ao Ministério das Comunicações, no ano passado não foram gastos os R$ 300 milhões estipulados.
Para 2011, a verba prevista era de R$ 1 bilhão, valor que já diminuiu para R$ 589 milhões, devido aos cortes no Orçamento da União. Ainda assim, a Telebrás continua comprando torres e postes para expandir o alcance da banda larga. No último dia 03, foram firmados contratos de R$ 35 milhões com duas empresas: a Networker, que vai atuar no Sudeste e no Sul, e a Bimetal, que atuará no Nordeste.
RECLAMAÇÕES – Em apenas um ano, a Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel recebeu 5.510 reclamações a mais sobre banda larga. Até dezembro de 2009, foram registrados 11.853 relatos. Durante o ano passado, foram 17.363 reclamações (alta de 46,5%). Reparo e cobrança estão no topo da lista.
As entidades de defesa do consumidor estão atentas ao problema. Tanto que há dois anos a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) pediu que o Ministério Público averiguasse o tamanho do prejuízo dos consumidores.
“A Internet é essencial. Tem de ser oferecida pelo poder público. O Estado tem de garantir o serviço”, diz a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Idec, Veridiana Alimonti.
Informações de Jornal da Tarde
FOTO: ilustrativa