BVA, com sede no Rio de Janeiro, detém apenas 0,17% dos ativos do sistema financeiro e 0,24% dos depósitos, com sete agências nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
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O Banco Central decretou nesta sexta-feira, dia 19, a intervenção no banco BVA, especializado em crédito para companhias de médio porte, citando “comprometimento da situação econômico-financeira da instituição e a existência de graves violações às normas legais”.
Uma fonte da equipe econômica do governo, disse que o banco precisava de um aporte de R$ 1 bilhão para recompor seu patrimônio, mas controladores da instituição não conseguiram negociar a injeção de capital antes da decretação de intervenção pelo Banco Central.
A fonte diz que banco e a equipe econômica do governo tentaram, sem sucesso, uma “solução de mercado” para o BVA. A intervenção foi decretada porque a instituição financeira possuía “grande problema de subprovisionamento”, com ativos com riscos maiores que os valores reservados para cobri-los.
Resultado pode levar à aplicação de medidas punitivas
Entre os ajustes que precisavam ser feitos estava a necessidade de reverter um patrimônio negativo de R$ 580 milhões e enquadrar novamente o patrimônio de referência, totalizando a necessidade de aporte de R$ 1 bilhão. Segundo o comunicado do BC, Banco BVA, com sede no Rio de Janeiro, detém apenas 0,17% dos ativos do sistema financeiro e 0,24% dos depósitos, com sete agências localizadas nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
O resultado das apurações, segundo o BC, poderá levar à aplicação de medidas punitivas de caráter administrativo e a comunicações às autoridades competentes, observadas as disposições legais aplicáveis. Com a decisão do BC de intervir na instituição financeira, ficam indisponíveis os bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição.
Eduardo Félix Bianchini, chefe de subunidade da Gerência Técnica de Liquidações Extrajudiciais em São Paulo, será responsável pela gestão do BVA. Ele deverá verificar a verdadeira situação do banco, para determinar se a instituição financeira será recuperada ou liquidada.
Informações de IG
FOTO: ilustrativa / meionorte