Trata-se de aumento de 45% em relação a 2007, quando havia 60 parlamentares eleitos ligados a essa bandeira; hoje são 87.
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A bancada trabalhista na atual legislatura é a maior da história, com 87 parlamentares – ou 15% do Congresso. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – Diap, 80 deputados e sete senadores já ocuparam cargos em sindicatos.
Trata-se de aumento de 45% em relação a 2007, quando havia 60 parlamentares eleitos ligados a essa bandeira. A presidente Dilma Rousseff, no entanto, dificilmente conseguirá reproduzir o bom relacionamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o movimento sindical, segundo estudiosos do assunto.
Para o cientista político Leôncio Martins Rodrigues, “Dilma veio do PDT, é brizolista. Nunca foi sindicalista. Lula veio do sindicalismo, este é o ambiente em que ele se sentia realmente em casa”.
Ele afirma que, ao entregar o Ministério do Trabalho ao PDT – ligado à Força Sindical -, Lula usou sua habilidade de articulador político para arrebanhar o apoio de grupos sindicais que não eram da base petista.
Para o economista Reinaldo Gonçalves, autor do livro “A Economia Política do Governo Lula”, a mudança no relacionamento entre o Planalto e os sindicatos será de estilo, e não de conteúdo. Segundo ele, Dilma deve delegar a negociação com as centrais exclusivamente ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, em vez de tratar do assunto pessoalmente.
“Lula conhecia os meandros da vida sindical. Por vezes, ele mesmo se encarregava das negociações […] A presidente é uma líder política fraca e os sindicatos no Brasil também. A dependência é mútua.”
Informações de portal R7
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