Agências paradas em todo o Estado já somam 676; na região de Novo Hamburgo, são 20. Sem acordo, paralisação ainda não tem data para acabar. Fenaban diz que não cede.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A greve dos bancários no Rio Grande do Sul recebeu, na terça-feira, dia 05, a adesão de mais de 80 agências.
Conforme dados da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do RS – Fetrafi-RS, 679 agências estão paralisadas. “O movimento está em crescimento. Encaminhamos uma correspondência à Fenaban chamando para a retomada das negociações”, explicou o secretário de organização da Fetrafi-RS e integrante gaúcho do comando nacional de greve, Arnoni Hanke.
O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região – SindBancários programou para esta quarta-feira, 06, uma passeata para chamar a atenção da população a respeito do movimento.
Em comunicado na capa do site da federação, a Fenaban disse que respeita o direito de greve dos bancários, mas condena os piquetes que barram o acesso da população às agências e postos bancários. Também informou que aceita discutir o reajuste real dos salários e demais benefícios da convenção coletiva, mas que não pode aceitar o índice de 11% pleiteado pelos sindicatos. A oferta de reajuste da Fenaban foi de 4,29%.
Região de Novo Hamburgo
tem 20 agências fechadas
Nesta quarta-feira, 06, bancos privados de Novo Hamburgo e região também aderiram à greve. Ao todo, são 20 agências paradas, incluindo as do Santander (Centro NH, Centro BSR e Joaquim Nabuco BSR), Itaú, Bradesco (agências Praça XX e Novo Hamburgo), HSBC e Safra, além do Banrisul e Caixa.
Em entrevista ao Portal novohamburgo.org, Géssica Winck, secretária do Sindicato dos Bancários de Novo Hamburgo e região, revela que, com a adesão das agências privadas, há mais bancos fechados atualmente do que na paralisação de 2009.
“Amanhã, outras agências devem aderir. A tendência é de que todas parem”, conta. “Ainda não há previsão do fim da greve.” Concentrados no centro de Novo Hamburgo, diretores e bancários se colocaram em frente às agências para esclarecer a população sobre as razões que levaram à greve e o que a classe reivindica.
Com informações de ZH
FOTO: ilustrativa / Fabio Dutra