Deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) e a deputada Érika Kokay (PT-DF) criticaram o projeto e se retiraram pouco depois de se posicionarem.
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A audiência pública que terminou no início da tarde desta quinta-feira, dia 28, na Comissão de Seguridade da Câmara para discutir o projeto de decreto legislativo 234/11, conhecido como projeto de Cura Gay, foi marcada por tumulto e confusão.
De autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), a proposta susta a aplicação de dois dispositivos da resolução 1/99 do Conselho Federal de Psicologia – CFP. O regulamento do CFP proíbe profissionais de usarem a mídia para reforçar preconceitos contra grupo de homossexuais ou propor tratamento para curá-los.
O CFP não aceitou o convite para participar da audiência por considerar a composição da mesa “pouco equilibrada”. Entre os convidados que falaram estava a psicóloga Marisa Lobo, que defende o direito de psicólogos atenderem pacientes que busquem mudar a sua orientação sexual. Para a psicóloga, é possível que o paciente mude sua orientação se esse for o seu desejo.
A fala da psicóloga provocou polêmica entre os que assistiam à audiência, um tumulto se formou e um bate-boca entre Marisa e representantes do Movimento Gay se instalou. “Ser cristão não significa ser alienada”, disse a psicóloga para uma plateia que revidava chamando-a de “barraqueira”.
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) e a deputada Érika Kokay (PT-DF) criticaram o projeto e se retiraram pouco depois de se posicionarem. No final da audiência, o relator do projeto, deputado Roberto de Lucena (PV-SP), leu um manifesto do CFP em repúdio à proposta.
Como só leu alguns trechos do manifesto, integrantes do movimento gay presentes à reunião começaram a ler o texto na íntegra provocando nova confusão. Eles foram retirados do plenário da comissão por seguranças da Casa.
Informações de Exame
FOTO: Lula Lopes / Contigo