Nota afirma que tentativa de ataque de robôs eletrônicos aos sites Presidência da República, Portal Brasil e Receita Federal foi detectada e bloqueada.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A Secretaria de Imprensa da Presidência da República divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira, dia 22, informando que detectou e bloqueou uma tentativa de ataque de hackers às páginas da Presidência da República, Portal Brasil e da Receita na Internet nesta madrugada.
A intenção foi detectada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro. Um grupo de hackers que se autodenomina LulzSecBrazil anunciou, no início da madrugada desta quarta-feira, que atacou sites da Presidência da República e do governo brasileiro.
Na nota divulgada nesta quarta-feira, a Secretaria de Imprensa da Presidência informa também que houve um congestionamento das redes e que os sites ficaram fora do ar por cerca de uma hora.
“O Serpro detectou nesta madrugada, entre 00h30min e 03 horas, uma tentativa de ataque de robôs eletrônicos aos sites Presidência da República, Portal Brasil e Receita Federal. O sistema de segurança do Serpro, onde estes portais estão hospedados, bloqueou todas as ações dos hackers, o que levou ao congestionamento das redes, deixando os sites indisponíveis durante cerca de uma hora”, diz a nota.
Ainda segundo o texto da assessoria da Secretaria de Imprensa da Presidência da República, o ataque dos hackers foi controlado e os dados dos sites não foram violados. “O Serpro informa que o ataque foi contido e os dados e informações destes sites estão absolutamente preservadas”.
Grupo de hackers que
ri da segurança
O LulzSec tem atraído manchetes pelos seus ataques a organizações importantes como o senado estadunidense, a CIA (que teve apenas seu site derrubado) e a InfraGard, ligada ao FBI. Além disso, o grupo distribuiu na Internet 62 mil senhas de procedência desconhecida, invadiu rede das produtoras de games Bethesda e Nintendo, atacou também a Sony e empresas de mídia como a Fox e a PBS.
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O LulzSec faz de tudo uma brincadeira. No site oficial, toca o tema da série de TV americana The Love Boat (“O Barco do Amor”, em inglês). Lulz, por sua vez, é uma gíria que vem de outra, usada na Internet, o “lol”, sigla em inglês para “rindo muito alto” (“laughing out loud”). Em outras palavras, o nome LulzSec poderia ser traduzido para “Rindo da Segurança”.
O que se sabe do LulzSec é o que chega dos inimigos do grupo. Alguns indivíduos que se consideram “ninjas de internet” criaram o blog LulzSec Exposed no último sábado, 18, para publicar informações de membros do grupo. Segundo eles, os principais membros do LulzSec seriam Sabu (fundador), Topiary, Kayla, Nakomis, Tflow, Joepie91, Avunit e BarrettBrown.
Membros do LulzSec estariam envolvidos em ataques a um hacker conhecido como Jester, que atuava contra o Wikileaks. Na época, um impostor criou uma conta em nome de Jester. Nekomis e Topiary seriam os envolvidos nesse episódio.
DESLIGAMENTO – O LulzSec teria se desprendido do Anonymous após a invasão à empresa de segurança HBGary Federal. Diferentemente do Anonymous, o LulzSec é um grupo fechado de indivíduos, com funções delimitadas. Um grupo de mesmo nome foi aberto no Brasil, após contatos com membros do grupo principal. Entre os alvos do grupo estaria sites do governo. O grupo queria mil seguidores até o domingo, 19, para realizar um ataque. No entanto, a meta não foi atingida.
Acusações e informações postadas pelo LulzSec Exposed apontam que dinheiro e fama são motivadores do LulzSec. A busca por fama pode ser vista nos ataques a sites conhecidos, na forma que o LulzSec comemorava o número de seguidores no Twitter e nos “desafios” que o grupo faz, como “se conseguirmos 1.500 pessoas no canal de bate papo, vamos realizar um ataque”.
DINHEIRO – O grupo aceita doações por Bitcoin, uma moeda virtual que funciona sem uma entidade central de gerenciamento. O grupo chegou a ter 400 BTCs, o equivalente a US$ 7 mil, em sua conta principal do Bitcoin – não se sabe quanto dinheiro possa ter ido para contas “alternativas”.
Esse dinheiro foi usado, e parou numa das contas mais “ricas” do Bitcoin – um sinal de que pode ser um dono de uma rede zumbi ou outro prestador de serviços que o grupo tenha “contratado”.
O blog LulzSec Exposed afirmou que estaria compartilhando informações com o FBI, e quer ver o grupo “atrás das grades”. No entanto, não se sabe até que ponto as informações publicadas são verdadeiras.
Informações de portal G1 e Agência Brasil
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