Grupo insurgente islâmico Hezb-e-Islami assumiu a responsabilidade, dizendo que a explosão foi uma retaliação pelo filme considerado ofensivo ao profeta Maomé.
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Nesta terça-feira, dia 18, um ataque suicida a um micro-ônibus na capital do Afeganistão, Cabul, matou 12 pessoas, incluindo sete estrangeiros.
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O grupo insurgente islâmico Hezb-e-Islami assumiu a responsabilidade, dizendo que a explosão foi uma retaliação pelo filme considerado ofensivo ao profeta Maomé.
“Uma mulher vestindo uma veste suicida se explodiu em resposta ao vídeo anti-islã”, disse Zubair Sediqqi, porta-voz da facção militante, que normalmente não realiza esse tipo de ataque.
A explosão, ocorrida perto do aeroporto de Cabul, reforça a ira no Afeganistão a respeito do filme, que irritou muçulmanos em várias partes do mundo e levou ao assassinato na semana passada do embaixador dos Estados Unidos na Líbia e outros três norte-americanos.
O ataque suicida em Cabul foi o primeiro envolvendo uma mulher-bomba e os estrangeiros mortos eram na maioria pilotos russos e sul-africanos que trabalhavam para uma empresa área internacional no país, de acordo com fontes da polícia.
O número de estrangeiros mortos foi o maior na cidade desde abril, quando um piloto da Força Aérea afegão matou oito instrutores de voo militares dos EUA e um conselheiro civil norte-americano após uma discussão no Aeroporto Internacional de Cabul.
Hezb-e-Islami, que significa Partido Islâmico, é um grupo radical militante que compartilha algumas das pregações anti-estrangeiras e antigoverno do Taleban. Mas o braço político do grupo, fundado pelo ex-líder combatente contra os soviéticos Gulbuddin Hekmatyar, iniciou recentemente negociações de paz com o governo Hamid Karzai para encerrar uma insurgência de 11 anos.
Informações de Estadão
FOTO: S. Sabawoon / Efe