Cerca de 300 pessoas teriam ocupado o local. A saída do procurador da Câmara estava entre as exigências dos santa-marienses. Não houve sinal de depredação.
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Os 300 manifestantes que alojaram na Câmara de Vereadores de Santa Maria desde a última terça-feira, dia 25, deixaram o local nesta segunda-feira, 1° de julho. A retirada aconteceu após a negociação de um termo de compromisso assinado pelo presidente da Câmara, Marcelo Zappe Bisogno (PDT), que se comprometeu a afastar em um mês o procurador jurídico da Casa, Robson Zinn, presidente municipal do PMDB.
No documento, parentes das vítimas do incêndio na Boate Kiss comunicaram não se impor ao trabalho da comissão parlamentar de inquérito – CPI que investiga a tragédia. O prazo máximo para a entrega do relatório termina nesta quarta-feira, dia três. Os manifestantes ainda pedem que três vereadores que envolvidos com a CPI renunciem, sendo eles, Maria de Lourdes Castro (PMDB), Sandra Rebelato (PP) e Tavares Fernandes (DEM).
“Tínhamos duas pautas: a anulação da CPI e a saída do procurador da Câmara. Entendemos que poderíamos deixar a CPI acabar, porque o prazo é esta semana, e resolvemos negociar a saída do procurador no prazo máximo de 30 dias”, disse o presidente da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Adherbal Ferreira.
A ocupação começou após o vazamento de uma conversa entre a presidenta da CPI, Maria de Lourdes, o vice-presidente, Tavores Fernandes, e um assessor, que avaliavam a possibilidade de pedir o indiciamento do secretário de Relações de Governo e Comunicação de Santa Maria, Giovani Mânica, e do prefeito Cezar Schirmer. Segundo Ferreira, o procurador da Casa, Robson Zinn, articulava para que a investigação não atingisse o Executivo Municipal.
Informações de Agência Brasil
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