A partir desta sexta-feira, os brasileiros podem torcer nos jogos e esperar para que o dinheiro tenha sido bem investido pelo governo.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Nesta sexta-feira, dia 14, começam os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. A competição servirá para classificar os melhores colocados para as Olimpíadas de 2016 e testar o status dos brasileiros no esporte. R$ 1,02 bilhão foi investido após o Pan-Americano do Rio no esporte.
Atrás apenas dos Estados Unidos e Cuba, o Brasil ocupou vagas em todos os eventos e alcançou o terceiro posto no quadro de medalhas. Pelos últimos Jogos Pan-Americanos terem sido “em casa”, talvez os brasileiros se sentissem mais confortáveis, o que melhorava seu desempenho.
Alguns especialistas acreditam nisso, enquanto outros esperam a competição deste ano acabar para responder a questão: o bom resultado brasileiro foi por estar em casa ou por ser qualificado?
Desde o Pan-Americano no Rio, o esporte brasileiro usou uma nova fonte de verba: a lei do incentivo fiscal, com repasse de até 1% do Imposto de Renda das empresas. Até este momento, R$ 506,4 milhões foram investidos em projetos esportivos pelo país todo. Somando esta quantia com o valor de R$ 514 milhões da Lei Piva, que destina verba das loterias ao Comitê Olímpico Brasileiro – COB, o país chega a 2011 com o investimento total de R$ 1,02 bilhão.
Os investimentos, que acontecem desde 2007, mostram resultados. O Brasil produziu campeões inéditos como Cesar Cielo, que ganhou o ouro na natação em Pequim e venceu dois Mundiais. Maurren Maggi, primeiro ouro olímpico feminino no atletismo, Fabian Murer e Fabiana Beltrame quebraram tabus nos Mundiais até este ano. Apesar do bom desempenho dos atletas brasileiros, o COB não vê a possibilidade de repetir os feitos no Pan-Americano deste ano.
Com a meta do comitê em Guadalajara, de classificar o maior número de atletas para Londres, o COB não divulga nenhuma previsão de pódios. Marcus Marcus Vinícius Freire, superintendente-executivo de esportes do comitê, quando perguntado sobre o fator que ajudou no desempenho brasileiro em 2007, respondeu: “Os Jogos em casa são historicamente os melhores dos anfitriões, onde fatores importantes fazem a diferença, como tamanho da delegação, conhecimento dos locais de competição, apoio da torcida e dos familiares, suporte de patrocinadores, a não necessidade de aclimatação”.
Informações de Folha
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