Segundo EPTC, todas as linhas estão nas ruas da Capital. Retorno dos coletivos ocorreu em assembleia na noite desta segunda, no Ginásio Tesourinha.
Da Redação ([email protected]) (Siga no Twitter)
Depois de 15 dias de greve dos rodoviários, os ônibus de Porto Alegre voltaram a circular normalmente nesta terça-feira, dia 11. Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação – EPTC, todas as linhas estão nas ruas da Capital. O retorno dos coletivos ocorreu em assembleia na noite dessa segunda, no Ginásio Tesourinha.
A categoria comprometeu-se a colocar 100% da frota nas ruas hoje, mas rejeitou a proposta elaborada pelo Tribunal Regional do Trabalho – TRT. Com isso, se mantém o estado de greve até o dia 17, quando o dissídio será definido pela Justiça do Trabalho.
A assembleia foi marcada por expressões de unidade da categoria, que mostrava sustentar a coesão de seu movimento com aplausos concedidos para as falas motivadoras da greve. Exibia a mesma convergência de pensamentos quando vaiava as intervenções mais moderadas, as quais cogitavam a possibilidade de aceitação da proposta de acordo construída pela manhã, no Tribunal Regional do Trabalho.
A chance de um desfecho para a greve por pouco não esbarrou na contingência do temporal das 20h30min, que ocasionou falta de energia elétrica no Tesourinha, impedindo que as defesas de posicionamento prosseguissem até a formação de um resultado. O momento de decisão foi exclusivo dos rodoviários. Trabalhadores de outras categorias e sindicalistas de diversas bandeiras, além de representantes de movimentos sociais, como o Bloco de Luta, que apoiou a greve, eram convidados a esperar no lado de fora do ginásio.
A arquibancada do Tesourinha estava tomada, efervescente em sua face localizada mais próxima da avenida Cascatinha. Instrumentos de samba, cartazes e vozes pressionavam a escolha das palavras nos pronunciamentos ao microfone, dentro da quadra esportiva.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Julio Gamaliel, a proposta colocada para debate não era desprezível, mas a decisão de voltar ao trabalho foi mais inteligente do que a própria decisão sobre os ganhos. Gamaliel considerou o movimento marcante e histórico.
Multa
A vice-presidente do TRT4, desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, viu avanços importantes de ambos os lados para o final da greve. Ela disse que oportunamente se fará o debate sobre o valor das multas impostas ao sindicato, estimado em R$ 1,2 milhão. A cobrança será mantida, mas os índices poderão ser amenizados, concluiu.
Informações de cp
FOTO: reprodução / zh