Índice indica um mercado de trabalho apertado, com elevada procura por profissionais, provocando taxa acima do natural.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A taxa de desemprego no país referente a março, medida na Pesquisa Mensal de Emprego – PME do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, ficou em 6,5%. O dado representa o menor valor para o mês desde o início da série em 2002.
Além disso, mostra uma certa elevação em relação ao mês anterior, quando foi apurada uma taxa de 6,4%. Na comparação com março de 2010, o índice mostrou queda de 1,1 ponto porcentual. O índice veio em linha com as expectativas dos analistas, o que mostra um mercado de trabalho apertado (com elevada procura por profissionais) que faz com que os dados permaneçam acima da taxa natural de desemprego do Brasil, que giraria em torno de 7%.
Segundo análise do banco Santander, a despeito dos ganhos de renda ainda consideráveis, a inflação deve continuar corroendo os ganhos reais das renegociações salariais ocorridas no ano passado.
Entretanto, a instituição financeira aposta que, entre o segundo e terceiro trimestre, com a nova rodada de negociações da maioria das categoriais trabalhistas, os ganhos reais da massa salarial devem ser recompostos. Desta maneira, o mercado de trabalho continuará a contribuir positivamente para a expansão do consumo das famílias neste ano.
Conforme o IBGE, não houve variação na população desocupada (sem emprego e à procura de trabalho), que totaliza 1,5 milhão de pessoas. O valor, contudo, é 14% menor que o verificado em igual mês do ano passado (menos 250 mil pessoas a procura de trabalho).
A população ocupada também mostrou estabilidade em relação a fevereiro, mas aumentou 2,4% ante março do ano anterior, o que implicou uma adição de 531 mil ocupados ao total. Com isso, o nível da ocupação – que é a proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa – ficou em 53,3% nas seis regiões metropolitanas pesquisadas na PME (Porto Alegre, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo). Este indicador também mostrou estabilidade sobre fevereiro e elevação em relação a março de 2010, de 0,6 ponto porcentual.
Carteira assinada
e rendimentos
Também o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (10,7 milhões de pessoas) não sofreu mudança na comparação mensal. Verificou-se, no entanto, elevação de 7,4% ante março de 2010, o que significa que 739 mil postos de trabalho com carteira assinada foram criados.
O rendimento médio real habitual dos ocupados em março de 2011, de 1.557 reais, implicou acréscimos de 0,5% ante fevereiro e de 3,8% sobre o mesmo mês do ano passado. A massa de rendimento médio real habitual (35,1 bilhões de reais) ficou 0,8% acima da registrada em fevereiro e cresceu 6,7% em relação a março do ano anterior.
Informações de Veja
FOTO: ilustrativa