Fator mínimo de proteção solar – FPS, que mede a proteção contra os raios UVB passa de dois para seis. Já a proteção contra os raios UVA tem que ser, no mínimo, um terço do FPS do produto.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa publicou nesta segunda-feira, dia 04, novas regras para a produção de protetores solares. O fator mínimo de proteção solar – FPS, que mede a proteção contra os raios UVB passa de dois para seis. Já a proteção contra os raios UVA tem que ser, no mínimo, um terço do FPS do produto.
Outras novidades dizem respeito ao rótulo dos produtos. Para alegar que um protetor solar é resistente à água ou ao suor, por exemplo, o fabricante terá que comprovar essa capacidade com testes específicos. A embalagem passa a ter informações obrigatórias.
Ela terá de orientar os usuários a aplicar o produto várias vezes ao longo do dia. Também fica proibido alegar 100% de proteção contra a radiação solar. A norma publicada pelo Diário Oficial da União será adotada em todo o Mercosul. No Brasil, os produtores terão um período de dois anos de adaptação.
Em função desse assunto, o portal Novohamburgo.org, foi buscar recomendações de dermatologistas
1. Qual a diferença entre protetor e bloqueador solar?
Segundo a dermatologista Bertha Tamura,” bloqueador é um produto mais potente e, por isso, geralmente mais espesso, indicado para pessoas com a cútis mais sensível ou com algum tipo de doença de pele. Portanto, as marcas comerciais mais conhecidas se encaixam na categoria de protetores solares”.
2. O que significa o número do fator de proteção solar, o FPS?
Também segundo Bertha Tamura, “ele sinaliza quantas vezes mais a pele receberá proteção extra após a aplicação do produto. Por exemplo, se você fica vermelha a partir de 10 minutos de exposição solar, com o uso do protetor FPS 15 ficará protegida por 150 minutos (ou seja, 15 vezes os 10 minutos), o que equivale a cerca de duas horas e meia”.
3. É verdade que acima do FPS 30 não existe diferença entre os fatores de proteção?
“De fato a diferença é pequena, mas existe. Um fotoprotetor com FPS 15 protege a pele contra cerca de 92% da radiação UVB, o FPS 30, 96% e o 60, 98%”, explicou Carla Albuquerque, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
4. É realmente necessário usar o filtro solar todos os dias, mesmo durante o inverno ou períodos chuvosos?
“Assim como a pasta de dente e o fio dental, o protetor também deve fazer parte da sua rotina de higiene e beleza”, aconselha a dermatologista Paula Bellotti. E, se você lançar mão daquela desculpa clássica de que vive correndo e não tem tempo para criar mais esse hábito, a médica dá uma dica: “Deixe o produto em local visível ou próximo de seus itens pessoais. Isso irá ajudá-la a ter disciplina. Quando estiver mais velha vai lembrar desse conselho e perceber que valeu a pena”, garante. Segundo as especialistas, a proteção da pele deve ser feita diariamente, mesmo quando não há sinal de sol. “A radiação UVA, grande responsável pelo envelhecimento precoce, mantém-se praticamente constante em todas as estações do ano e mesmo nos dias nublados e chuvosos”, explica Carla Albuquerque.
5. Alguns produtos são vendidos como “à prova d’água”. Eles realmente não saem em contato com a água?
“Esses produtos têm maior fixação à pele, mas não podemos afirmar que não saem na água. Para mergulhos prolongados ou transpiração excessiva, faz-se necessária a reaplicação do produto”, afirma Carla Albuquerque.
6. Quais os principais danos causados pelo uso inadequado do filtro solar ou pela falta dele?
“Os danos imediatos são as queimaduras. Em seguida, vêm a vermelhidão, bolhas, sardas, manchas, rugas e, por fim, a flacidez da pele”, segundo Paula Bellotti, ela também afirma que estudos apontam que 90% dos casos de envelhecimento da pele do rosto são conseqüências do abuso da exposição ao sol – e não do avançar da idade.
Além dos prejuízos puramente estéticos, a exposição solar prolongada e de maneira inadequada pode causar câncer. “O câncer de pele é considerado o tumor de maior incidência no Brasil. Por isso, os cuidados com a pele devem começar na infância, a partir dos seis meses. O uso diário de protetor pode reduzir em até 85% as chances de desenvolver a doença”, garante Paula Belotti.
Informações de G1 e Terra
FOTO: ilustrativa / mestilo