Estudo realizado pelo Estadão Dados coletou informações de mais de cinco mil cidades brasileiras. Falta de estudo entre os adultos causaria mais mortes do que pobreza.
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O baixo nível de escolaridade dos pais é a principal causa da mortalidade infantil. De acordo com a pesquisa realizada pelo Estadão Dados, nem a pobreza ou a falta de esgoto tratado possuem o mesmo impacto nas mortes de crianças do que o baixo nível de estudo dos adultos.
Através dos dados coletados nos 5.565 municípios é possível fazer um comparativo entre o índice de analfabetismo dos adultos com o de mortalidade infantil. A cidade de Olho D’água Grande (AL), por exemplo, mostra que 50 crianças de até cinco anos morrem anualmente e 46% dos adultos são analfabetos. Já Blumenau (SC) tem taxa de mortalidade cinco vezes menor e apenas dois por cento de analfabetismo entre adultos.
A pesquisa analisou 232 variáveis e o reflexo de cada uma no percentual de mortalidade para as crianças de até cinco anos. Se o índice de analfabetismo para os adultos cair um por cento, a taxa de mortalidade de crianças até cinco anos cai 4,7 pontos. Deste modo, se um por cento dos adultos de um município é alfabetizado, mais 47 crianças iriam sobreviver à primeira infância, a cada 10.000 nascimentos.
“Às vezes, a casa não tem água ou saneamento básico, mas se a mãe tem um pouco de educação, consegue que o filho tenha acesso aos programas sociais do governo”, informa o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Celso Simões.
Informações de Veja.com.br
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