Parlamentar defende-se dizendo que não entendeu corretamente a pergunta da cantora Preta Gil, sobre o filho namorar uma negra.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A Corregedoria da Câmara deve inocentar o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) da acusação por quebra de decoro parlamentar. É o que informa a coluna da jornalista Mônica Bergamo na edição desta terça-feira, dia 19, da Folha de S.Paulo.
Leia Mais
Evento de fãs de Bolsonaro é divulgado por neonazistas em São Paulo
Filhos de Jair Bolsonaro defendem as opiniões do pai
Deputado defende ditadura em rede nacional e será processado por racismo
Bolsonaro foi acusado de racismo ao responder uma pergunta feita pela cantora Preta Gil no quadro “O Povo Quer Saber”, do programa CQC, transmitido pela Band. No último dia 28, a cantora fez uma pergunta, previamente gravada, sobre qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negra.
O parlamentar, que tem um extenso histórico de polêmicas relacionado a direitos civis e humanos, respondeu: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu”.
O documento de defesa entregue à Corregedoria tem 13 páginas e afirma que o parlamentar entendeu errado a pergunta, confundindo a palavra negra com gay, e que o programa teve 43 dias para questioná-lo novamente sobre o assunto, antes de levar a cena ao ar.
“No próprio programa, os apresentadores disseram que eu deveria não ter entendido a pergunta. Eles poderiam ter tido o mínimo de dignidade e ter entrado em contato comigo para esclarecer”, disse o deputado na semana passada. Durante a entrega da defesa, o deputado ainda se disse perseguido pelo “fascismo das minorias”.
A partir de agora, o corregedor, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), terá 45 dias úteis, prorrogáveis por igual período, para elaborar o seu parecer. O relatório pode sugerir o arquivamento da representação; a aplicação de censura ou advertência ao deputado; ou encaminhamento do caso ao Conselho de Ética. O parecer será analisado pela Mesa Diretora, responsável pela decisão final.
Informações de Folha.com e eBand
FOTO: reprodução / Renato Araújo-ABr