Sete vítimas seguem desaparecidas. Mergulhadores do Corpo de Bombeiros trabalham nas buscas e encontram dificuldade na operação, graças à baixa visibilidade na água.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Um barco com pelo menos 90 pessoas a bordo, chamado Imagination, virou e afundou na noite de domingo, 22, por volta das 21 horas, no Lago Paranoá, em Brasília.
À meia noite, o plantão do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal confirmou que um bebê de seis meses havia morrido no acidente. Outros dois passageiros foram levados em estado grave para um hospital no centro da capital. No final da manhã desta segunda-feira, dia 23, mergulhadores do Corpo de Bombeiros encontraram o primeiro corpo nas buscas das vítimas do naufrágio. Sete seguem desaparecidas.
A polícia e os bombeiros informaram que depoimentos colhidos com os primeiros passageiros resgatados apontavam para a possibilidade de o acidente ter sido provocado por uma lancha — que passava pela mesma área do lago e abalroou o barco, ou que fazia uma espécie de escolta da embarcação e, inadvertidamente, se chocou contra o Imagination.
Os mergulhadores que participam do resgate encontram dificuldade na operação devido à baixa visibilidade dentro da água e à grande quantidade de compartimentos da embarcação, além de galhos e mato. As buscas são reforçadas por um helicóptero do Corpo de Bombeiros que sobrevoa a região à procura de corpos na margem do lago.
O barco percorria o lago enquanto dava uma festa, programação comum nos finais de semana da capital. A embarcação saiu de um clube por volta das 19h30min. Familiares das pessoas que estavam no barco e os serviços de socorro usaram as instalações da Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados – Ascade como base de apoio para trabalhar e coletar informações sobre os parentes.
Falta de coletes
Ismael Mousinho queixou-se da falta de coletes para todos os passageiros e disse que o resgate foi facilitado pelo fato de o barco ter “embicado” em uma região do lago com pouca profundidade. “Uma parte do barco ficou de fora”, relatou.
Ele disse que sentiu quando uma lancha bateu no Imagination. O barco teria capacidade para somente 80 pessoas. Os passageiros resgatados reclamaram que a maioria dos coletes salva-vidas estava no segundo andar do barco.
O comandante da embarcação Airton Carvalho da Silva, 28 anos, foi levado para prestar depoimento na 10ª DP. De acordo com o site da empresa, “o barco Imagination, com 150 metros quadrados é construído e equipado segundo as normas da marinha mercante, garantindo, assim, toda segurança a seus passageiros”.
Há um ano, outro acidente com barcos no lago vitimou duas irmãs. Liliane Queiroz Lira, 18 anos, e Juliana Queiroz, 21, morreram.
Informações de ZeroHora.com e Correio Braziliense
FOTO: reprodução / Edilson Rodrigues-CB