Medida tomada pelo governo sobre o passe livre estudantil foi um dos tópicos levantados pelo texto. Atitudes de partidos políticos também foram posta em pauta.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Foi divulgada nesta sexta-feira, dia 28, pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha um documento que fala sobre as manifestações que vem sendo realizadas nos últimos dias no Brasil. O texto reforça as medidas que já vem sendo adotas, cobra dos partidos políticos suas responsabilidades.
O Contribuinte Não Vai Pagar Mais Esta Conta!
A nação vem assistindo atordoada às manifestações protagonizadas pelo povo brasileiro na busca de mudanças que corrijam as candentes distorções econômicas e sociais da qual tem sido vítima.
Os pleitos, que iniciaram com a luta por uma tarifa justa em termos de mobilidade urbana, estenderam-se rapidamente para outras demandas tão ou mais importantes para a sociedade.
Os níveis insuportáveis de corrupção verificados nos mais diversos segmentos da atividade pública do país geraram a falência da confiança popular no Estado brasileiro, em todos os seus níveis.
O ímpeto e a extensão nacional das manifestações, retratam o nível de inconformidade, insatisfação e protesto finalmente protagonizado pelo povo brasileiro que entende que jamais será uma nação verdadeira sem que estes vícios sejam extirpados. A mensagem que vem das ruas indica que as pessoas estão fartas com a corrupção e impunidade reinantes, com o cinismo e o descaso protagonizados por aqueles a quem cabe a condução do Estado brasileiro.
A surpresa demonstrada com a força e a extensão do movimento, revela a distância entre a realidade das ruas e os jardins floridos de Brasília.
As medidas simplistas anunciadas até o momento, trazem em seu bojo a síndrome do oportunismo de quem perdeu o protagonismo e procura reconquistá-lo a qualquer custo.
Paralelamente à proposta de uma reforma política, apontada neste momento como a solução para todos os males surge o anúncio da instituição do “passe livre estudantil” no mesmo momento em que outras vozes já propõem a criação de uma nova contribuição de intervenção no domínio econômico destinada a custear os efeitos de tamanha desoneração. Em resumo, a sociedade vai pagar a conta e tudo ficará como está. O Estado continuará mastodôntico, com sua ineficácia histórica travestida e mascarada pelo assistencialismo das medidas anunciadas até o momento.
Impõe-se a retomada de uma agenda propositiva que contemple a redução de gastos públicos e uma gestão eficiente dos mesmos, para que não se continue a penalizar excessivamente a classe empresarial, trabalhadores e sociedade.
Para a consecução desse objetivo os partidos políticos devem assumir as suas responsabilidades e retomar o debate parlamentar com ações úteis, que contemplem os pleitos de um país que se cansou de esperar.
Informações de De Zotti Comunicações
FOTO: reprodução / uol.com.br