Com a família no palco, Rita Lee faz show de tirar o folego dos fãs no Teatro Feevale, cantando sucessos dos 45 anos de carreira.
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Lá se vão 45 anos de carreira. Sucessos, não faltam. Quem foi ao Teatro Feevale vê-la no último sábado, dia 26, que o diga.
Rita Lee encantou um público formado por diferentes gerações em Novo Hamburgo com um show de tirar o folego. Ao lado dos súditos, o filho Beto Lee (guitarra e vocais) e o marido Roberto de Carvalho (guitarras e vocais), a Rainha do Rock passou uma hora e meia cantando hits com a irreverência que lhe é peculiar.
Para não haver dúvidas de que a turnê Etc… é para relembrar os momentos marcantes da trajetória da roqueira, o show abriu com “Agora só falta você”. Imitando o sotaque gaúcho, ela agradeceu a presença do público que lotou o teatro. “Eu pago para não sair de casa e vocês pagam para vir me ver”, brinca, lembrando que na sexta-feira esteve em Passo Fundo.
Teve cover de Beatles e a surpresa: “Ele ressurgiu dos mortos para vir cantar e dançar pra vocês”, anunciou Rita Lee. Eis que surge no palco um cover de Michael Jackson. Era o gaúcho Nick Goulart, cuja semelhança com o Rei do Pop impressiona.
O repertório teve ainda “Ti-ti-ti”, “Flagra” e “Lança Perfume”. É mole ou quer mais? Quando cantou “Ovelha Negra”, ela conquistou de vez a plateia. Primeiro, confessando detalhes do início da carreira e da família. “Meu pai me chamou e disse: ou você trabalha, ou você estuda. Música, não! Eu decidi pela música”, conta. Depois, lembrou da ida do Rio à São Paulo, onde conheceria seu “Ovelho Negro”, Roberto de Carvalho.
Ainda com “Ovelha Negra” como trilha sonora, elogiou os gaúchos dizendo que “no Rio Grande do Sul tem muito roqueiro. Eu fico desconfiada que tem muita ovelha negra aqui”. Em seguida, ganhou metade do público ao afirmar que é colorada. Para amenizar as vaias da outra metade, revelou que o baixista Brenno di Napoli é gremista. Compõem a banda ainda Edu Salvitti (bateria), Débora Reis e Rita Kfouri (vocais) e Danilo Santana (teclados).
No final, não poderia faltar “Erva Venenosa”. Com uma cobra de pano nas mãos e uma coroa colorida na cabeça, Rita Lee se despediu dos hambueguenses deixando a impressão que ainda aguenta mais 45 anos de carreira… Quem sabe?!
FOTOS: Fernanda Bassani / Especial / novohamburgo.org