Acordo e percorro a rotina de todos os dias; às vezes levo mais tempo para estacionar a minha BMW, mas sempre tem um funcionário gentil que faz isto. Ao entrar na empresa, sou recebido como se fosse o proprietário; ganho flores, as quais já estão sobre minha mesa. Sento e um delicioso café está sendo servido, sem esquecer que ao lado, numa farta mesa, um desejum de dar inveja aos hotéis de Dubai.
Voltando a realidade, quem não gostaria de atuar em uma empresa como a acima? Por outro lado, quantos teriam condições de estar nesta empresa? Quais seriam os quesitos necessários para poder entrar no pátio interno e o que dizer, de estar na folha de pagamento da mesma?
Muitas pessoas, todos os dias, ao cumprirem suas obrigações, reclamam das suas empresas por qualquer coisa e esquecem que estão lá por vontade própria e que, ao receberem seus salários ou comissões, são obrigadas a realizarem determinadas tarefas. É a troca capital versus trabalho.
Existem empresas que prometem e não cumprem, mas hoje já é possível pesquisar sobre elas, tal qual somos pesquisados. Se você estiver participando de uma seletiva, pesquise como se fosse vender a mesma. Tem mecanismos e sites que podem ajudá-lo. Imagine você trabalhar para uma empresa que é campeã em processos trabalhistas?
A melhor empresa é aquela onde eu me sinto bem. Aliás, disse Confúcio: “escolha um trabalho que ama e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.”
Meu amigo Raul Candeloro adora colocar gasolina na fogueira. Ele está certo porque fazendo isto desperta os participantes de uma empresa em uma reunião. Também faz o brainstorming (ou “tempestade cerebral”),que é mais que uma técnica de dinâmica de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo – criatividade em equipe – colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados (http://pt.wikipedia.org). Em se tratando de uma empresa ou para saber qual a melhor empresa para se atuar (jamais diga trabalhar), devemos reunir todos os responsáveis por setores e levar junto os melhores e os menos eficientes e ai pedir respostas a estas três perguntas:
1 – cite o que não gosta na empresa
2 – cite o que gosta na empresa
3 – cite o que faria para eliminar o item primeiro.
Dê um tempo, leia as respostas, separe por grupos e exponha o que foi coletado. Haverá momentos de risos, de vergonha e de honra, porque a tendência é detonar com a empresa; o ser humano não sabe reconhecer. Ao reclamar, o homem somente vê o seu lado, o seu bolso, enquanto aqueles que enaltecem a empresa, enchendo o peito, ficam tal qual soldado ao receber a medalha de honra e ai se percebe quem amam o que faz.
Existem ótimas empresas para se atuar, são as que se sobressaem, cujos portões estão cheios de pessoas querendo entrar; quem faz a melhor empresa é o colaborador e cabe ao empresário reconhecer. O mercado selecionará a melhor; se for má administrada e se seus colaboradores não se sentirem bem, certamente que ficará fora da disputa e a tendência é o seu fechamento.
Querer muitos benefícios até é possível desde que o retorno da cadeia produtiva seja forte o suficiente para isto.
Oscar Schild, vendedor, gerente de vendas e escritor.
Foto: reprodução my government grants