Personalidade é uma palavra em baixa nestes últimos tempos. Na verdade, algo que caiu no esquecimento de muitas pessoas.
Fui a uma formatura de segundo grau no final do ano e fiquei impressionada com a quantidade de meninas se vestindo de forma igual. Vestidos e saias no estilo bandage (curtos, bem colados e de uma só cor) faziam parte do look de 99% das garotas que estavam se formando. Completavam o visual saltos altíssimos, cabelos lisos e muita maquiagem.
Para se ter uma ideia do quão curto eram os modelitos, elas precisavam segurar as saias na hora se subir os degraus do palco. Pensei que era algo apenas entre os adolescentes, mas no início do ano fui a uma festa onde entravam apenas pessoas acima dos 21 anos e me deparei com o mesmo cenário. Recebi diversos olhares de desaprovação pelo meu vestido colorido e soltinho.
Nada contra a moda bandage, mas fico me perguntando se estas mulheres não se importam de serem exatamente iguais umas as outras. Logo elas, jovens e bonitas, que sempre tentam se destacar umas das outras e vivem em um clima de “competição”. Logo elas, que se dizem tão independentes, mas que dependem totalmente da personalidade das outras para existirem na sociedade.
Tudo bem que o mundo da moda sempre girou em copiar aquilo que é apresentado nas passarelas e no corpo das celebridades. Porém, nunca vi tanto ctrl+c e ctrl+v no mundo real. Até então, os modismos eram tratados como tendências e cada um se apropriava daquilo que lha caísse melhor.
Falam tão mal da Amy Winehouse e ela é um dos maiores exemplos de personalidade própria que conheço. Apesar dos seus vícios, ela não foi na onda de clonar as demais cantoras populares para ter fama. Não liga para modismos e não precisa fazer coreografias para impressionar ninguém, afinal o negócio dela é cantar, e muito!