A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul publicou alerta epidemiológico com orientações para profissionais de saúde e população em geral em relação à Mpox. Por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), foram intensificadas as ações no sentido de sensibilizar as redes de vigilância e atenção à saúde.
Até esta terça-feira (20), o Estado registrou cinco casos confirmados (três em Porto Alegre, um em Gravataí e um em Passo Fundo). Desses, dois foram notificados em agosto, mês em que o Ministério da Saúde também alertou para a proliferação do vírus.
Em nenhum dos casos o vírus detectado foi da nova variante que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). O objetivo do alerta publicado pelo Cevs é detectar os possíveis casos suspeitos e analisar o perfil genotípico das amostras.
Sobre a Mpox
A Mpox é uma doença causada pelo “mpox vírus” (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, classificado por dois clados genéticos: 1 e 2. Clados são grupos de vírus que, apesar de terem semelhanças, não são geneticamente idênticos.
Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoas infectadas pelo mpox vírus, materiais contaminados com o vírus ou animais silvestres (roedores) infectados. A variante Clado 1b foi identificada em 14 de agosto deste ano.
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Sinais e sintomas
Incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, geralmente de um a três dias após o início da febre; linfonodos inchados (ínguas); dor de cabeça; dores no corpo; calafrio e fraqueza. O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas (incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Atenção para a prevenção
A principal forma de proteção contra a Mpox é a prevenção. Iniciando por evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença, que devem cumprir isolamento imediato. Não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente e talheres, até o término do período de transmissão.
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Vacina
A estratégia de vacinação contra a Mpox no Brasil, realizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), começou em 2023 com foco nas pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença.
A vacinação pré-exposição é recomendada para pessoas vivendo com HIV/Aids (homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses) e profissionais de laboratórios.
Também é orientada uma vacinação pós-exposição àquelas pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox.
OMS não aconselha lockdown
Depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox uma emergência em saúde pública de importância internacional, boatos sobre a possibilidade de novos mega lockdowns tomaram as redes sociais. A entidade, entretanto, não aconselhou Estados-membros a implementar nenhum tipo de isolamento social em massa para interromper a transmissão da doença, como o que aconteceu durante a pandemia de covid-19.

No último dia 14, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a declaração de emergência global por mpox no canal oficial da entidade no YouTube. Durante os 53 minutos de vídeo, em nenhum momento, Tedros recomenda aos Estados-membros a implementação de mega lockdowns para frear a disseminação da doença.
*Com informações da Agência Brasil.
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