Por Dudu News
Hoje, Novo Hamburgo acumula uma triste notícia. E vem relacionada de um dos principais serviços de filantropia da cidade.
Em uma reunião pública, a presidente do Lar São Vicente de Paula, Pâmela de Campos, anunciou: a instituição já demitiu, hoje pela manhã, 11 técnicos de enfermagem e 2 enfermeiras, por não ter condições de cumprir o pagamento mensal do piso da enfermagem.
Mensalmente, o lar teria de desembolsar 40 mil reais – o que acumula quase 500 mil reais por ano. Mas, aí vem a “bomba”: esse dinheiro não existe.
De forma muito triste, a presidente da instituição anunciou a decisão. “Hoje é um dia muito triste, não queríamos estar fazendo isso. É óbvio que a valorização salarial é merecida. Mas do jeito que aconteceu, não tivemos outra alternativa. Foi de um dia pra outro. Estamos convencidos de decisão”, afirmou Pâmela.
As 13 pessoas demitidas trabalham há um bom tempo no lar. “É lamentável, pois os vovôs e vovós vão perder o carinho destes profissionais que tanto se adaptaram”, disse.
Com isso, a instituição irá contratar 11 cuidadores. Para já, os currículos devem ser entregues na secretaria do Lar. A lei estabelece que o lar tenha certo número de profissionais para o atendimento de idosos que necessitam cuidados especiais.
Mas, há mais um desafio. Arrecadar, de forma urgente, R$ 120 mil, para pagar a rescisão dos profissionais. “Precisamos, mais uma vez, da ajuda da comunidade. Este lar não é da Prefeitura. É uma entidade da comunidade. É verdade, também, que prestamos um serviço que, se não existisse, teria de ser realizado pelo município. Em dez dias, precisamos reunir este valor. Precisamos de todos vocês”. Com isso, o DuduNews se bota a disposição para correr, junto ao lar, atrás do valor. Alguns familiares inclusive pensam em levar idosos para casa até que o lar se organize. E está posta a ideia: vamos organizar um pedágio, Novo Hamburgo!
A AJUDA É URGENTE
Na reunião, não haviam representantes da política nacional, representantes da prefeitura ou da Câmara de Vereadores. O deputado Issur Koch atendeu o convite da presidente, e esteve na reunião.
E deixo aqui, o recado: o Lar São Vicente presta um serviço não só exemplar, mas evita um problema grave a cidade. Imagine se o Lar deixar de existir. Vários idosos, em condições de vulnerabilidade, e que hoje pagam no máximo 1 salário para estarem lá, deixarão de ter casa, remédios, alimentação, cuidados, estrutura, dentre outras coisas. Atenção, Novo Hamburgo: não deixe o lar fechou. Isso não seria só uma vergonha, mas o início de um problema que não tem solução próxima. E o problema também é preocupante para outros lares, que olham o tema com preocupação.