Produtores e roteiristas buscam inspiração em comédias que fizeram sucesso no teatro
Com roteiro baseado na conhecida peça de Juca de Oliveira, o filme apresenta, sem pudores, a corrupção em diversos níveis da sociedade. A peça, que estreou em São Paulo na década de 90, ficou mais de cinco anos em cartaz, com turnês em diversas cidades do país, acumulando um público de mais um milhão de pessoas.
Luis Fernando (Fulvio Stefanini) é o banqueiro que consegue R$ 50 milhões em uma transação de honestidade duvidosa. O doleiro, encarregado de “lavar” o dinheiro, morre, e o banqueiro pede ao seu assistente (Cássio Gabus Mendes), um novo “laranja”.
É aí que entra a secretária Ângela (Giovanna Antonelli), que também pensa em lucrar algo com o esquema, pois sabe que tem o emprego pela beleza, e beleza um dia acaba.
Na outra parte da história, a família de Roberto (Daniel Dantas), funcionário competente de uma das empresas de Luis Fernando, casado com Lina (Zezé Polessa), professora primária, pobre e honesta. Com o corte de gastos no banco, Roberto é demitido, e ao tentar reverter a situação, tudo piora.
O dinheiro vai parar na conta da professora Lina, por engano, e aí começam uma série de encontros e desencontros entre todos os personagens da trama. Ao saber que Lina é a esposa do seu ex-funcionário (Roberto), Luis Fernando oferece o emprego de volta, em troca da sua ajuda para recuperar o dinheiro.
Ao mesmo tempo, Ângela procura Lina (que é sua sogra), também na tentativa de reaver o dinheiro. As duas pensam em denunciar o banqueiro, mas são tentadas a silenciar, pois sabem que Luis Fernando é rico e poderoso, e a origem do dinheiro não é honesta.
Em resumo, fica claro, com este filme, que Bruno Barreto quer falar do Brasil contemporâneo, abordando o tema que não sai dos noticiários, enquanto faz a classe média rir dos seus próprios problemas.