No próximo dia 25 de maio, a banda Os Formigos completa 10 anos de uma história bem-humorada e irreverente
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A data, 25 de maio, marca exatos 10 anos da primeira aparição do grupo caracterizado, ou melhor, fantasiado, como eles mesmos gostam de dizer, no ano de 1997. Foi aí que percebemos que poderíamos brincar no palco com a dublagem, conta Emerson, um dos vocalistas da banda. Nesta época, a formação contava com quatro integrantes: Emerson, K-lcinha, Bomba e Luia.
Em visita a sede do Portal novohamburgo.org, três dos sete integrantes da banda (Emerson, o outro vocalistas, Bomba, vocalista e dançarino, e Bruno, o guitarrista e acrobata), contam, no meio de brincadeiras e muita descontração, um pouco da sua história, planos para o futuro, um segundo CD, e a comemoração destes 10 anos.
O nome da banda surgiu justamente por serem quatro amigos: Formigos vem de four (quatro) amigos. A partir de então, começaram uma série de shows sempre com o estilo descontraído de dublagens, que é marca registrada da banda. “Começamos com Claudinho e Buchecha (com o corpo todo pintado com carvão raspado em pó), no outro final de semana já foram Os Menudos”, lembra Emerson.
Até outubro de 1997, a banda só fez dublagens. Em novembro e dezembro do mesmo ano, Bomba lembra que fizeram dois shows no Anfiteatro Padre Werner: The Best of Besteiras e The Best of Besteiras – parte 1 e ½ . “Mesmo não cantando, nesta ocasião, recebemos o troféu de destaque musical da Revista Rua Grande”, comenta Emerson.
No ano de 1998, os guris receberam uma proposta para cantar, o quê trouxe a necessidade de ter uma banda. “Ficamos conhecidos então, no Vale dos Sinos e Grande Porto Alegre, como uma banda cover. Mas só agora estamos aprendendo a cantar de verdade, alguns de nós pelo menos”, confessa entre risos.
Passados cerca de um ano e meio, surgiu a necessidade de uma reformulação na parte musical da banda. Isso aconteceu entre o final de 1999 e início de 2000. Essa formação foi para o Rio de Janeiro, a convite de duas grandes empresas, e a partir daí, eles consideram que “a coisa engrenou” de verdade.
Até então, todos ainda exerciam uma outra atividade paralela. Mas nesse momento, havia chegado a hora de decidir, pois o número de shows estava aumentando bastante. “Decidimos que deveríamos apenas tocar. E quem não seguisse esta decisão, deveria sair do grupo. Foi aí que saiu o Luia, um dos fundadores da banda. Com certeza esta saída foi um marco em nossa história”, relembra o vocalista.
Em 2003, houve uma nova troca de músicos, pois era chegada a hora de preocupar-se mais com profissionalismo e qualidade como um todo: produção, equipamentos, figurinos e tudo mais. “Principalmente, precisávamos de músicos dispostos a entrar no nosso espírito, a brincar no palco sem pudores ou vergonha”, define Emerson.
“Assim, chegamos nesse grupo que topa quase tudo (risos). Dançar, rebolar, tirar a roupa, fantasiar-se, cair…Enfim, brincar com o público e entre nós mesmos. Nós rimos muito durante os shows, pois o público muitas vezes não percebe, mas nós sabemos quando alguma coisa sai fora do ensaio. E no fim, muitas vezes o público acaba se divertindo também com essas situações”, entrega Bomba.
Em 2004, nasce “Todo Mundo Pelado”, o primeiro CD da banda. Ou vocês pensaram que fosse uma revista de nu artístico? Com isso, os meninos perceberam uma “curiosa e estranha” dificuldade para entrar no rádio. Mas, segundo Emerson, este primeiro “filho”, foi muito legal para traçar um estilo a seguir.
“Foi uma grande experiência, agora temos uma outra visão para a produção do próximo. Agora, temos mais maturidade musical, ficamos mais técnicos e mais exigentes com nós mesmos. Alem de tudo, sentimos que devemos participar mais ativamente de todo o processo de produção para o CD”, analisa Bruno.
No ano de 2006, o grupo contratou uma assessoria de imprensa, e em menos de um mês, já estavam participando de um programa da TV fechada em São Paulo. E quem estava assistindo esse programa? Hebe Camargo. Ela mesma ligou para sua assessoria e disse que queria aqueles meninos do sul no seu programa!
“Na TV, ocorreu o que queríamos com o rádio, foi mais rápido e fácil. Depois do Programa da Hebe, que foi em março de 2006, fomos convidados para o Boa Noite Brasil, do Gilberto Barros, engatamos uma gravação para o Sabadaço, e se morássemos em São Paulo, poderíamos ter ido ao programa outras vezes”, comenta Emerson.
Em resumo, para eles, o resultado em São Paulo foi ótimo, as portas ficaram abertas. E agora nossos Formigos têm o projeto de fixar residência na capital Paulista. “Fizemos muitos shows na Grande São Paulo, em Barretos, no interior, e isso comprova nossa qualidade aqui para o Sul”, comemoram.
Tanto no programa de Hebe Camargo, quanto no Gilberto Barros, a semelhança com o trabalho do Mamonas Assassinas foi lembrada. “Porém, em ambos os casos, fomos comparados, mas não igualados. Pois, como eles, fazemos um trabalho em que o humor eh o principal. Além disso, nem acho que sejamos uma banda, mas sim um grupo de teatro que faz música”, declara Bomba.
Os guris dizem que são ansiosos quanto ao sucesso, mas que isso não é o principal. “O principal, é fazer o quê gostamos, se der certo, muito bem, se não, fizemos durante um período de nossas vidas e fomos felizes com isso”, define o dançarino do grupo. Porém, modéstias a parte, Os Formigos já receberam elogios de muita gente boa por aí.
Durante o Festival Nacional da Música de 2006 (Canela), nossos meninos que nem fizeram parte da programação oficial, receberam elogios e cumprimentos de gente importante como Michael Sulivann, um dos principais compositores brasileiros, autor de inúmeros hits que fizeram sucesso nacional na voz de muitos famosos.
Boas novas…
Para comemorar com todo o estilo que merece a data, Os Formigos preparam para o segundo semestre deste ano, o Show de 10 Anos, com um “ajuntamento” (foram palavras deles mesmos), do melhor da carreira, e algumas inéditas, que já estão no “forno” para o segundo CD.
O segundo CD porém, não tem data definida para ser lançado, pois está sendo feito aos poucos, com mais “pé no chão”, dizem os meninos. “Até o final do ano o CD estará finalizado. Mas quando será lançado, já é outra história”, define Bomba.
Além disso, para este ano de 2007, o grupo fará parte do calendário oficial do Festival Nacional da Música (agosto/07, Canela), em um evento fechado, só para profissionais da música. “Faremos uma audição para produtores musicais e demais profissionais presentes no Festival”, comemoram.
Sobre novas aparições em programas de televisão, eles comentam que volta e meia são sondados para isso. Porém, para efetivar a participação, o ideal é morar em São Paulo. “Estando lá o tempo todo, a qualquer momento podemos atender a esses convites. O quê não é possível estando no Sul”, argumenta Emerson.
A entrevista
Esta entrevista só foi possível, segundo nossos próprios entrevistados, porquê o grupo não estava todo junto. “Quando estão os sete, não sai entrevista, fazemos muita zoeira, bagunça, e falamos muita besteira. É difícil controlar e produzir algo”, entregam.
“Afinal, somos Formigos 24 horas por dia. Nosso trabalho veio disso, sempre fomos os bobos da turma. Não somos como os comediantes que dizem que são pessoas normais quando não estão se apresentando. Dois ou três de nós juntos já vira bagunça”, declara Bomba.