Diretor da Brivia fala do nascimento da organização com a fusão de cinco empresas de Tecnologia da Informação
Desde a semana passada, o mercado de Tecnologia da Informação (TI) de Novo Hamburgo ganhou uma nova e ousada organização. WS2, Casa Interativa, Wbuild, Oriondb e Morphe Design se uniram para formar a Brivia, uma empresa que atua no desenvolvimento de atividades e ferramentas, como softwares, além de uma série de serviços virtuais.
A Brivia nasceu com aproximadamente 100 clientes ativos (entre eles, Gerdau, Randon, West Coast e Zaffari) e um faturamento estimado de R$ 3,5 milhões. Gestão digital, marketing interativo e desenvolvimento de softwares, com atenção especial ao setor calçadista e segmentos exportadores, formam o foco da empresa.
Seu diretor, Márcio Coelho, fala em entrevista exclusiva ao portal novohamburgo.org sobre a fusão, os primeiros passos da empresa e as perspectivas audaciosas de crescimento. Ele destaca que, até 2008, a Brivia deve estar presentes em 80% das 50 maiores empresas do Estado.
Outro ponto chave é a aposta na qualificação profissional para o setor. Coelho adiantou que já há tratativas para montar, em parceria com escolas da região, um curso específico para este novo mercado.
A Brivia: Empresa de Tecnologia da Informação, com 10 anos de atuação no mercado e atendimento em gestão digital, marketing interativo e desenvolvimento de softwares, além serviços específicos para os setores calçadista e de comércio exterior.
Website: www.brivia.com.br
Endereço: David Canabarro, 20, Centro – Novo Hamburgo
Telefone: 3035-0055
Equipe: À frente da área de negócios está o profissional Vinícius Lobato, juntamente com Márcio Coelho e Daniel Crasnhak. A gestão da empresa está sob a responsabilidade do Conselho Gestor formado também por Fernando Silveira (ex-Oriondb), Roberto Ribas (ex-Casa Interativa), Alexandre Wanderer (ex-Wbuild) e Felipe Seibert (ex-Morphe Design).
novohamburgo.org – Por que a aposta na fusão?
Márcio Coelho – A fusão é uma maneira de qualificar nossas empresas, incrementa o portfólio de serviços, aumentar a carteira de clientes, fortalecer a medida que colocamos pessoas com “expertises” adequadas a cada área chave da organização, coisa muito complicada de fazer com uma empresa pequena.
novohamburgo.org – Como essa idéia foi amadurecida?
Márcio Coelho – O crescimento nos permite pensar em vôos mais ousados, nos dá maior poder de investimento e permite profissionalizar nossas ações. Este movimento foi muito pensado. Trata-se de uma diretriz estratégica para o crescimento. É muito comum observarmos ações como esta em segmentos mais antigos da indústria. Siderurgia, varejo e telecomunicações podem exemplificar claramente o que eu digo. Estamos aplicando estratégias de gente grande a pequenos negócios. E o resultado até agora tem sido muito bom.
novohamburgo.org – A idéia seria somar forças para atender globalmente os clientes brasileiros?
Márcio Coelho – A idéia é sermos mais fortes para atender melhor nossos clientes. Hoje contamos com mais de 100 clientes. Dentre eles, Gerdau, Randon, AGCO, MWM International Engines, CDL-POA, Plásticos Vipal, Soprano, Fras-le, Stihl, entre outros.
novohamburgo.org – Qual a atenção dada ao mercado exterior?
Márcio Coelho – Ainda não trabalhamos com clientes fora do país. Isto somente será pensado para depois de 2008. Até lá nossa atuação é regional, com poucas ações em nível nacional.
novohamburgo.org – Recente reportagem sobre tecnologia da informação na Rede Globo apontou que falta mão de obra qualificada para o setor. Como a Brivia vê isto?
Márcio Coelho – Vemos como nosso principal limitador do crescimento. O carência e os altos custos de mão de obra são as mais difíceis barreiras a serem transpostas. A Brivia, no entanto, atua fortemente na formação interna e na articulação com escolas técnicas e universidades. Estamos trabalhando junto ao projeto setorial de software e a Assespro (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet) para montar em parceria com escolas da região um curso específico para nossas necessidades. Já estamos em tratativas com Senai e a Fundação Liberato. Em breve, teremos novidades.
novohamburgo.org – O fato de a região ser considerada como um pólo de tecnologia pesa para a decisão de ter uma empresa única e mais forte?
Márcio Coelho – Pesa na medida que visualizamos estes pólos como aliados no processo de desenvolvimento de nossos negócios.
novohamburgo.org – Quais as grandes empresas, atuais concorrentes, no mercado de tecnologia de informação brasileiro?
Márcio Coelho – Com posicionamento muito similar ao nosso posso citar AG2 e Conectt.
novohamburgo.org – Qual será a fatia deste bolo que a Brivia irá ocupar?
Márcio Coelho – O mercado de Tecnologia da Informação nacional é muito grande, algo em torno de 7 bilhões de dólares. Nossa participação ainda é ínfima, mas em termos de Rio Grande do Sul posso dizer que, até 2008, estaremos presentes em 80% das 50 maiores empresas do estado.