Países como o Peru e a Sérvia cobram menos taxas e oferecem mais qualidade de vida à população. Austrália é considerada a nação que melhor faz uso dos tributos.
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O problema dos tributos é uma antiga discussão no país. O Brasil ocupa o primeiro lugar num ranking das nações com maior complexidade tributária. O fato do “Impostômetro” ter ultrapassado os R$ 300 bilhões em impostos está entre os principais motivos que comprovam esta colocação, conforme afirma o advogado Cristiano Diehl Xavier, sócio do escritório Xavier Advogados.
Os países constroem sua infraestrutura através do dinheiro que arrecadam por meio dos impostos. “Essa é a forma correta, usar o que o contribuinte disponibiliza para o próprio país e não para algumas pessoas que governam a nação”, salienta Xavier.”No ano passado, o Brasil arrecadou muito, quase 40% do total da riqueza representada pelos bens produzidos aqui e pelos serviços realizados. É um recorde histórico. O problema é justamente que aquilo que o Brasil devolve aos cidadãos e às empresas não está à altura do que se paga”.
Dos 30 países com a maior carga de taxas, o Brasil permanece sendo o que pior retorna os valores arrecadados em benefício da sociedade. A nação que melhor atende seus cidadãos é a Austrália. A informação é de um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT.
De acordo com Xavier, o problema permanece sendo o mesmo. “Alta carga tributária, legislação complexa, falta de clareza no que as pessoas e empresas pagam e a má distribuição dessa renda são as justificativas desse incômodo lugar ocupado pelo país”, informa. A surpresa, segundo o advogado, é que países com PIB per capita um pouco menor do que o brasileiro, como o Peru e a Sérvia, obtêm, seguidamente, IDH maior do que o nosso. Tudo isso com menos tributos.
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