São mais de 500 mil presos que compõe a sociedade carcerária, sendo que desse número 64% não completaram o ensino fundamental.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Dados revelam baixos índices na educação carcerária e revelam que os presídios não estão preparados para implementar o benefício de “remissão pelo estudo”, que reduz um dia de pena para cada três dias de estudo.
Com uma população carcerária de 500 mil, apenas 8% dos detentos estudam no Brasil. Em 12 estados não há sequer professores atuando no sistema prisional. A pesquisa foi realizada com base nos dados de 2010 do Departamento Penitenciário Nacional –Depen e divulgada pelo jornal Estadão.
Do total de encarcerados no país, 64% não completaram o ensino fundamental. Esse é o público potencial da Lei nº 12.433, sancionada em junho deste ano, que propõe a redução da pena pela frequência escolar. O objetivo é auxiliar a reinserção social dos detentos, após o cumprimento da pena, através de melhores oportunidades de trabalho. Outro aspecto almejado é a diminuição da reincidência.
O estado com o pior índice é o Pará, onde nenhum detento estuda. Seguido pelo Amapá e Roraima, com índice de 0,2%. Pernambuco é o estado com a melhor situação, onde 16,5% da população carcerária têm aulas. Em segundo lugar está o Ceará, com 15,6%. São Paulo tem o maior número de presos, mais de 170 mil, mas não possui nenhum professor e registra 8,8% de detentos estudando.
Informações de Rádio Agência NP
FOTO: Ilustrativa