Há dez dias consecutivos, eles cantam, dançam e rezam no idioma nativo, confirmando a disposição de tirarem a própria vida, conforme afirmaram em carta entregue ao Cimi e à direção nacional da Funai.
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Um grupo de 170 índios, composto por 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças, realiza seguidos rituais da etnia guarani-caiová, “prontos para suicídio coletivo”, conforme afirmam os líderes do movimento localizado em Mato Grosso do Sul.
Há dez dias consecutivos, eles cantam, dançam e rezam no idioma nativo, confirmando a disposição de tirarem a própria vida, conforme afirmaram em carta entregue ao Conselho Indigenista Missionário – Cimi e à direção nacional da Fundação Nacional do Índio – Funai.
“Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos”, diz um trecho da carta indígena. A ameaça gerou grande repercussão. A #GenocídioGuaraniKaiowá estava nos assuntos do momento nesta quarta-feira, dia 24.
A promessa será cumprida caso seja confirmado o despejo dos manifestantes, após liminar concedida, da Fazenda Cambará, onde estão acampados, à margem do Rio Joguico, em Iguatemi, divisa com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul.
A determinação judicial é do juiz federal Henrique Bonachela, que fixou multa de R$ 500,00 por dia, por descumprimento da ordem. A Funai informou que não pode desobedecer ordem do magistrado e a tensão aumentou no acampamento, instalado na fazenda há quase um ano.
Soldados da Força Nacional e agentes da Polícia Federal, acompanham a movimentação, como observadores e atentos para atuar em qualquer emergência. O Cimi distribuiu nota afirmando que a situação no local é “gravíssima”.
Informações de Correio do Povo
FOTO: Wilson Dias / ABr