Abaixo assinado virtual foi criado em 1º de fevereiro para pedir a saída do peemedebista da presidência do Senado. Número é quase o dobro de votos obtidos pelo senador em 2010.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A petição on-line criada para pedir a saída de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado ultrapassou nesta quinta-feira, dia 14, a marca de 1,5 milhão de assinaturas. O número é quase o dobro dos votos obtidos pelo peemedebista nas eleições 2010. Na oportunidade, Renan foi eleito com 840.809 votos.
Criada pelo representante comercial Emiliano Magalhães Netto, 26 anos, minutos depois da vitória de Renan na eleição do Senado, a petição atingiu em oito dias a marca de 1 milhão de assinaturas. Na segunda-feira, dia 11, 1,3 milhão já tinham assinado, representando cerca de 1% do eleitorado brasileiro.
Ao atingir o número de assinaturas virtuais, a petição ajuda a colocar pressão política no mandato do peemedebista. O recado de parte da sociedade, insatisfeita com a escolha de Renan para o cargo, pode gerar um movimento dentro da Casa que resulte em um processo contra o senador alagoano no Conselho de Ética.
Acusado de três crimes
Renan Calheiros é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter cometido três crimes: peculato (desvio de dinheiro público ou bem público por funcionário público), falsidade ideológica e uso de documento falso. Em 2007, o peemedebista teve de renunciar à presidência do Senado após denúncias graves.
Pela legislação atual, um processo de cassação só pode começar por iniciativa de um parlamentar ou de um partido político. Ou seja, a petição não tem poder legal, mas representa um recado de parte da sociedade.
Contra a eleição de Renan, entidades organizaram uma manifestação em 30 de janeiro em frente ao Congresso. Impedidos pela segurança da Casa de lavar a rampa de entrada do prédio do Congresso Nacional, os manifestantes acabaram fazendo uma cruz com as próprias vassouras no gramado em frente à sede do Parlamento brasileiro.
Informações de globoesporte.com
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