Gustavo Finck (PP) fez a campanha mais sólida da disputa eleitoral de Novo Hamburgo e amassou os adversários com 53% dos votos válidos. Vitória fruto de uma oposição forte ao governo Fátima Daudt (MDB) e críticas a projetos como o da atualização da planta imobiliária, que aumentou o IPTU, e o da reforma previdenciária.
Chega como a novidade, apesar do mandato na Câmara de Vereadores. O que não deixa de ser uma verdade. Contra ele, o ex-prefeito Tarcísio Zimmermann (PDT), a ex-assessoria Especial de Gabinete da atual gestão Tânia da Silva (MDB), o ex-vereador, ex-secretário e ex-diretor da Fenac Fufa Azevedo (PT), e o colega de plenário Raizer Ferreira (PSDB), que não conseguiu descolar sua imagem do governo Fátima.
A partir do dia 1º de janeiro, Finck terá vários desafios. O principal deles será governar com um orçamento feito pela atual gestão, que encolhe em relação ao estimado para 2024, que não deve se confirmar. O verdadeiro “calcanhar de Aquiles” será o Ipasem, com uma dívida que só acumula, o que não é bom para a administração, para o instituto e para os servidores. E se não for resolvido, estoura no bolso do cidadão.
Na infraestrutura, não faltarão ruas para recapear. A situação, hoje, é uma das piores da história recente, agravada pelas chuvas histórias de maio. Tem mais, muito mais, que abordaremos ao longo das próximas postagens.
DNA do Progressista volta à Prefeitura após meio século
Cinquenta anos. Este o tempo que separa a eleição de Miguel Schmitz, em 1974, e de Gustavo Finck, em 2024. Mas o que isso tem ver? É que os dois foram eleitos pelo mesmo DNA partidário. Schmitz, o mais novo prefeito da história, chegou à Prefeitura pela Aliança Renovadora Nacional, a Arena.
Com a abertura política pós-ditadura militar, a Arena virou Partido Democrático Social (PDS), depois Partido Progressista Renovador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido Progressista (PP) e agora apenas Progressista. Em determinado momento teve uma grupo que fundou o Partido da Frente Liberal (PFL), depois Democratas, hoje União Brasil a partir da fusão com o Partido Social Liberal (PSL).
Além do DNA partidário, os dois prefeitos, um ex e o outro eleito, trazem outra coincidência: Schmitz esteve à frente do Município no ano do cinquentenário de emancipação. Finck será o prefeito do Centenário.
Quando o vice ajuda, facilita
Tem um máxima na política de que, numa eleição majoritária, o candidato a vice não pode atrapalhar. Agora, quando ajuda, a tarefa fica mais fácil. E Gerson Haas (PL), vice de Gustavo Finck, se encaixou muito bem na chapa. Se movimentou muito nos bastidores e atraiu apoio do segmento empresarial.
Kopschina, um dos vencedores
Não tem como passar essa eleição sem citar o ex-vereador Paulo Kopschina. Ele, que chegou a ser pré-candidato, saiu do MDB após interferência da Executiva estadual, que dissolveu o Diretório e “convidou” um grupo a se retirar. O velho Kop foi para o PL, assumiu uma das coordenações de campanha da chapa Finck-Haas e hoje comemora a eleição. Que para ele, aposto, tem um gosto especial.
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