Dezenas de pacientes, que acusam o médico hamburguense João Couto Neto, de erros médicos graves, que levaram até a morte de pacientes, protestaram nesta quarta-feira (8) em frente ao Conselho Regional de Medicina, o Cremers.
Os protestantes pararam em frente ao conselho, com faixas como: “Mais respeito pela vida. Pedimos justiça”; ”Chega de Corporativismo”. O protesto durou por 2 horas, com familiares de pessoas que já haviam feito denúncias publicamente. A maioria destas cirurgias ocorreram no Hospital Regina, em Novo Hamburgo.
“Falamos com o secretário do Cremers e falamos que existem denúncias há mais de 10 anos. Pedimos rapidamente essa apuração”, diz Cristina Kirsch, filha de uma paciente que foi a óbito após operação com o médico.
No protesto, haviam pessoas que se dizem vítimas do médico ainda em 2012. Uma filha de uma paciente, que faleceu naquele ano, foi até o local, também pedindo por justiça.
O Instituto Geral de Perícias criou uma força tarefa para avaliar todas as provas do caso. Serão 10 médicos peritos gerais avaliando prova a prova, repassada a polícia.
DENÚNCIAS
O delegado Tarcísio Kaltbach, responsável pela investigação, informou que chegaram a polícia 114 queixas de erros médicos, sendo 32 óbitos.
MAIS DENÚNCIAS
O escândalo recente em Investigação pelas autoridades e que tem repercussão nacional, revelando a gravidade e quantidade de ocorrências há no mínimo vinte anos, gera uma pergunta, feita por um médico que trabalha na instituição: o hospital tinha conivência com as situações?
O profissional diz que a instituição tinha “sabedoria das situações lá dentro ocorridas”. E ainda mira outras denúncias contra profissionais. O médico ainda afirma que essa é somente a “Ponta do Iceberg”.