Em almoço na Semana Caldeira, governador Eduardo Leite defende modelo de educação e na sua virada de jogo baseada em resultados e investimento.
Em um almoço realizado na sexta-feira (3), no Instituto Caldeira, o governador Eduardo Leite afirmou que o Rio Grande do Sul vive uma virada de jogo na educação, sinalizando o fim de um período marcado por atrasos salariais, precariedade escolar e baixa capacidade de investimento. A fala foi feita em meio à programação da Semana Caldeira, que reuniu lideranças nacionais e internacionais do setor educacional, inovação e inclusão produtiva.
Leite destacou que, no seu governo, o tempo para execução de obras emergenciais foi reduzido de até mil dias para cerca de 90 dias; que os recursos para merenda escolar foram ampliados; e que o programa Reconhecimento da Educação, com metas e bonificações, além da expansão de escolas em tempo integral, compõem a base desse “novo modelo” de gestão. A promessa: transformar indicadores negativos em salto de qualidade e dotar as escolas estaduais de mais autonomia e resultado.
De crise fiscal ao suposto novo modelo de gestão
Leite abriu sua fala relembrando que o Estado passou por um período crítico, no qual atrasos salariais e déficits comprometeram a rotina escolar. Hoje, segundo ele, o cenário é outro. “Estamos mudando a lógica da gestão pública e trazendo para a educação um modelo baseado em resultados, acompanhamento de indicadores e reconhecimento dos bons desempenhos”, afirmou.
Entre os exemplos citados, a ampliação das escolas em tempo integral saltou de 18 para mais de 500 unidades em todo o Estado, atendendo cerca de 40 mil estudantes. Outro ponto lembrado foi o repasse extra de R$ 19 milhões para alimentação escolar e incentivos para pagamento do 14º salário condicionado a desempenho.
Essa retórica de “virada” atrai o olhar de quem convive com as realidades das escolas do interior: para muitos gestores municipais, o discurso é bem-vindo — mas precisa se transformar em estrutura concreta e continuidade. Há um “vale da realidade” entre políticas estaduais e execução nas redes locais, especialmente nas regiões mais afastadas do eixo metropolitano.
Instituições parceiras e o discurso da colaboração
O evento reuniu figuras de destaque no Brasil e no exterior: Priscila Cruz (Todos pela Educação), Claudia Costin (ex-diretora de Educação do Banco Mundial), Eduardo Saron (Fundação Itaú), Ana Almanzar (vice-prefeita de Nova York), Kabir Seith (TUMO Center, Armênia), entre outros. Essa presença serviu para reforçar a ideia de que o novo modelo de Leite é ambicioso e visa inserção na vanguarda internacional.
Também foi apresentado o Geração Caldeira 2025, programa voltado à capacitação de jovens de 16 a 24 anos que estudaram ou estudam em escolas públicas, oferecendo bolsas, mentorias e trilhas de formação em áreas como inteligência artificial, programação, design e gestão comercial. A meta é alcançar até 40 mil jovens na modalidade online.
O evento confirmou um elo estratégico entre governo, sociedade civil e o setor privado. Leite elogiou a cooperação como fundamental para superar desafios históricos da educação pública — desde a infraestrutura até a promoção de talentos juvenis.
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O momento decisivo para o Rio Grande do Sul
No âmbito estadual, Leite aposta em uma narrativa de transformação: deixar para trás o passado da precariedade e inaugurar uma nova era escolar orientada por metas, eficiência e valorização profissional. Se for bem articulado e executado, esse modelo pode marcar um ponto de virada para a educação pública gaúcha.
Com informações Secom/RS.