Governadora mostrou força no parlamento estadual e conseguiu manter seu veto ao reajuste de servidores
A Assembléia Legislativa aprovou a manutenção do veto da governadora Yeda Crusius ao projeto que concedia reajuste salarial de 6,9 % aos 11 mil servidores do Judiciário no Rio Grande do Sul. A aprovação veio por 35 votos favoráveis e 14 parlamentares contrários.. Descontentes, funcionários do Ministério Público e do Tribunal de Contas, além dos servidores do Judiciário, abandonaram o plenário gerando um início de tumulto.
A sessão teve que ser interrompida por cinco minutos, antes que os demais vetos fossem apreciados. O veto ao projeto que concedia o mesmo percentual de aumento aos 1.874 servidores do Ministério Público foi mantido por 35 votos a 13 votos.
Já o terceiro veto, ao projeto que concedia aumento aos 850 servidores do Tribunal de Contas foi mantido por 36 votos a 13.
“Ficamos felizes porque a Assembléia Legislativa demonstrou que está consciente das dificuldades de caixa do Estado. A governadora, ao vetar esses projetos, levou em conta que as finanças públicas não permitem outro tipo de ação”, disse o líder do governo na Assembléia, deputado Adilson Troca (PSDB).
Já Raul Pont (PT) afirmou que a banca propõe o envio de projetos capazes de diminuir as desigualdades salariais no Estado. “Vamos insistir na política de recuperação dos menores salários. Mas também não temos motivos para impedir o reajuste salarial dos servidores do Judiciário e demais poderes. É preciso lembrar que eles não possuem os mesmos salários de juizes e desembargadores”, completou Pont.
Os 11 mil servidores do Judiciário devem reunir suas lideranças em assembléia geral no Colégio Parobé, a partir das 13 horas da próxima sexta-feira. “A tendência da categoria é a de promover uma paralisação”, declarou o secretário geral do Sindicato dos Servidores do Judiciário (Sindjus), Giovani Ferraz. Segundo ele, os servidores também podem deixar de trabalhar nos processos de autoria do Estado.
A estratégia da Associação dos Servidores da Justiça, segundo o presidente Paulo Olympio, será no sentido de distribuir às regionais no interior do estado, o voto de cada parlamentar. “É preciso que as regiões conheçam, ao longo do tempo, como votam os seus deputados”, afirmou.
Fonte: Assembléia Legislativa do RS