Outra proposta, porém, sugere o repasse de 6,39% dado aos demais servidores o que elevaria a folha do próximo prefeito para R$18,8 mil
A sessão da Câmara de Vereadores desta quinta-feira, 10 poderá esquentar durante o confronto entre os defensores de que seja incorporado o repasse de 6,39% aos já “gordos” subsídios recebidos pelo prefeito Jair Foscarini, seu vice, Raul Cassel e pelos secretários municipais e os parlamentares que brigam para que este percentual não incida sobre os vencimentos destes servidores que têm uma relação diferenciada com a comunidade, depois de terem sido eleitos para dirigir os rumos da cidade por quatro anos.
E entre os que são contra o repasse está o vereador Ralfe Cardoso. Aliás ele vai além e pede a redução dos proventos exatamente destes cargos de confiança, alegando que a folha de pagamento destes servidores estaria muito alta e de que o prefeito Jair Foscarini estaria recebendo uma remuneração maior do que o presidente da República e até mesmo superior a que recebe a governadora Yeda Crusius.
Os parlamentares apreciam em segundo turno proposta da Mesa Diretora que fixa os subsídios dos políticos a partir de 2009 nos mesmos valores atuais. Com os 6,39% de reajuste concedidos em abril ao funcionalismo público, o salário do prefeito é de R$ 18.895,72, vice-prefeito e secretários municipais R$ 7.085,88 e vereadores R$ 5.782,38.
A Lei Orgânica de Novo Hamburgo prevê a fixação dos vencimentos destes servidores municipais deve ocorrer no ano que antecede o novo mandato. Em fevereiro, projetos do vereador Ralfe Cardoso (PSOL) que pretendiam reduzir os salários dos próximos detentores de cargos públicos foram rejeitados em dois turnos.
As emendas do representante do PSOL aos projetos que estabelecem os novos subsídios prevêem economia anual de R$ 760 mil aos cofres públicos. Se aprovadas, fixam o salário do prefeito em R$ 11.100,40. Vereadores, secretários e vice-prefeito passariam a receber R$ 4.440,16.