Poço continua vazando e limpeza, que foi prejudicada pela tempestade tropical Alex, foi retomada em algumas partes do Golfo do México, agora com mais auxílio.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O grupo petroleiro britânico British Petroleum – BP anunciou nesta segunda-feira, dia 05, que a maré negra provocada pela explosão de uma de suas plataformas no Golfo do México já custou 3,12 bilhões de dólares.
No domingo, 04, os dois sistemas instalados para recuperar o petróleo vazado permitiram recolher 25.198 barris. No total, 585.400 barris foram recuperados desde o início do vazamento, segundo comunicado da BP.
QUATRO DE JULHO – O desastre ambiental atrapalhou algumas celebrações pelo Dia da Independência. Em Grand Isle, na Louisiana, as famílias não passaram o dia na praia como geralmente fazem nesse dia festivo.
Elas optaram por encher piscinas infláveis e instalá-las a poucos metros dos restaurantes, que permaneceram fechados. “Não pisei na praia nas últimas semanas”, disse Amy Lafourt, garçom de um bar localizado na praia.
Limpeza retomada com auxílio
Depois de vários dias de fortes perturbações causadas pela tempestade tropical Alex, a limpeza do petróleo foi retomada em algumas partes do Golfo do México. Alguns barcos ainda não têm condições de navegar devido às fortes ondas, o que dificulta os esforços para conter a pior maré negra da história americana.
Para ajudar na operação, um navio taiwanês que chegou no sábado, 03, ao local. A embarcação do tipo cisterna “A Whale”, propriedade da companhia taiwanesa TMT Group, tem 275m de extensão e pode recuperar até 500 mil barris por dia (80 milhões de litros).
“Ele absorve a água ‘empetrolada’, filtra o petróleo e expele a água”, explicou o porta-voz da BP, Toby Odone. Nas últimas dez semanas, 2,5 milhões de barris foram recuperados pelos pequenos barcos posicionados no Golfo.
Outro navio, o “Hélix Producer”, começará as tarefas de contenção na quarta-feira, 07. Funcionários afirmaram que, graças a ele, terão uma melhor estimativa do fluxo atual de petróleo, “apenas pelo aspecto do petróleo que sai pelo tampão”, disse o almirante Thad Allen, presidente da BP.
As fortes marés e ventos provocados pela passagem da tempestade Alex atrasaram os esforços de limpeza, empurrando mais petróleo para o interior e espalhando óleo da Louisiana para a Flórida.
“A tarefa será longa e árdua durante os próximos dias”, explicou na véspera o contra-almirante Paul Zukunft, que admite estar especialmente preocupado com a fauna local. Apesar dos esforços de contenção, “não estamos a salvo ainda”, advertiu.
Desastre continua
O poço continua vazando entre 30 e 60 mil barris por dia desde que a plataforma operada pela BP afundou no último dia 22 de abril.
Estima-se que entre 1,6 a 3,6 milhões de barris de petróleo vazaram no Golfo do México desde o acidente.
De acordo com estas cifras, o desastre é de maior magnitude que o vazamento de Ixtoc de 1979, que derramou em torno de 3,3 milhões de barris no Golfo do México. O único antecedente mais grave é o vazamento intencional de petróleo pelas tropas iraquianas no Kuwait durante a Guerra do Golfo em 1991, que derramou de seis a oito milhões de barris de petróleo.
Informações de Veja
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